segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

mediunidade, educação especial e cidadania

Apesar da grande difusão que a mediunidade encontrou no Brasil, graças, obviamente, a figura carismática de Chico Xavier, ainda é significativo o número de pessoas que manifestam traços ostensivos de mediunidade, mas que, ao invés de encontrar o apoio necessário para educar esse potencial psíquico, acabam diagnosticadas como doentes mentais. Está na hora da mediunidade ser estudada na chamada Educação Especial e ser garantido, ao médium, sobretudo quando ainda criança, o direito de receber o aendimento adequado.

Quase todas as crianças possuem seus "amigos imaginários". Isso não é problema e a Psicologia não interpreta o fato como algo negativo. Porém, algumas crianças possuem verdadeiros "inimigos imaginários" e aí começa o sofrimento.

Vou narrar o caso de uma criança de 8 anos na época em que sua avó nos procurou para ajudá-lo (2009). O menino dizia estar sendo ameaçado de morte por um espírito e não queria mais dormir em sua casa e nem ir à escola. Seu refúgio passou a ser a casa da avó, aluna da Universidade Aberta da Terceira Idade. Fomos conhecer o menino e ele narrou que costuma ver um homem saindo de um cemitério e voando até a casa dele. Ele entrava na casa, se dirigia até a cama do menino e o ameaçava de morte. Apenas na casa da avó ele não entrava, daí o menino não querer sair de lá.

Conversando com a avó descobrimos que ela era católica praticante e orava frequentemente, o que não acontecia com os pais do menino. Ou seja, podemos compreender que a casa da avó possuia uma proteção espiritual, ou seja, uma vibração energética (psicoesfera) que impedia a aproximação daquele ser incorpóreo. Em suma, era graças à Fé daquela senhora que a casa gozava de uma proteção especial, transformando-se no refúgio daquela criança.

Conversei com a avó se ela aceitaria uma ajuda espiritual. Com sua concordância, indiquei um centro espírita de confiança e segundo fui informado, o espírito que o ameaçava foi esclarecido e aceitou se afastar da criança e o menino teve sua vidência momentaneamente fechada. Ou seja, quando ele estiver com mais idade e em condições de compreender melhor os funcionamentos da mediunidade, ela eclodirá novamente.

É importante ressaltar que não estamos diante de uma criança de 8 anos, mas de um espírito eterno, com várias experiências ou reencarnações. Dessa forma, o mesmo pode ter inimigos espirituais que, ao localizá-lo em um novo corpo, passam a cobrar os débitos de outras existências.

Felizmente, segundo a avó, o menino voltou a estudar e as visões assustadoras realmente desapareceram. E não foi necessário tomar nenhum remédio, apenas um atendimento espiritual feito com seriedade e responsabilidade.

Um outro final poderia ter tido a história se a avó, ao invés de procurar o auxílio espiritual, fosse a um  médico "competente". O risco do menino ter sido tachado de esquizofrênico e ter seu organismo intoxicado de drogas seria alto, sem contar o risco de ser internado para tratar as "alucinações".

Esta mais do que na hora da mediunidade ser compreendida cientificamente. A Educação Especial precisa se capacitar para atender crianças que vivenciam experiências como a descrita acima e não deixem de frequentar a escola. O médium, principalmente, na infãncia, precisa ter o direito de ser atendido de forma digna por pessoas capacitadas para compreender quando os problemas espirituais e religiosos surgem no ambiente escolar, recebendo a orientação adequada, assim como a família e as possíveis companhias extra-corpóreas.

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