segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

As Novas Andanças de André Luiz, por Adilson Marques


 
Segundo o referencial Espírita, o espírito de André Luiz - alvo de muita adoração, especulação e crítica - tornou-se famoso graças à mediunidade de Chico Xavier. Antes mesmo deste vir a falecer, outros médiuns afirmaram ter psicografado mensagens do mesmo espírito, entre eles, Waldo Vieira e R. A. Ranieri.
Para os espíritas considerados ortodoxos, que consideram apenas os escritos de Allan Kardec como a Verdade Absoluta, e qualquer outra informação adicional proveniente de outras fontes espirituais é tratada como mistificação ou animismo, André Luiz seria um "espírito obsessor". Inclusive, há entre eles, os que afirmam também que o espírito nunca existiu, não passando de animismo do médium Chico Xavier.
Entre aqueles que cultuam o suposto espírito, talvez a maioria dos espíritas, a obra de André Luiz, ou pelo menos a série psicografada por Chico Xavier, é considerada "complementar à Doutrina Espírita", estando incluída no catálogo editorial da própria Federação Espírita Brasileira.
Porém, em 2011, a médium Cristina Lessa Cereja lançou pela editora Livre Expressão, um livro muito interessante, mas que colocará mais lenha nessa explosiva relação de amor e ódio ao provável espírito André Luiz, dentro do movimento espírita brasileiro. O livro se chama “Morte e Libertação” e foi supostamente ditado por ele. Na obra, entre outros assuntos, André Luiz fala sobre relações sexuais nos planos superiores e, inclusive, sobre como os novos espíritos são criados.
Para mim que não sou espírita, mas apenas um amante do imaginário, estudando o que Kant chamou de "narrativas visionárias", em seu famoso estudo da mediunidade e vidência de Emmanuel Swedenborg, o livro é fascinante. As polêmicas travadas pelos espíritas, por exemplo, se existe ou não animais no "plano espiritual", uma vez que Kardec parece afirmar que não existe, enquanto André Luiz, entre outros espíritos, afirma que sim, me parece algo bem pueril, já que não temos como provar quem está correto. Mas espero que este último esteja certo, pois com certeza, se existir vida após a morte, ela deve ser muito mais bela e agradável com animais do que sem eles.
Abaixo, entrevistamos a médium Cristina Lessa Cereja:
 
1 - Cristina, como você, que diz ter contato mediúnico com André Luiz, trabalha internamente a polêmica em relação ao nome dele no meio espiritista. O que você pensa daqueles que dizem que ele foi um obsessor do Chico Xavier, ou que ele nem mesmo existiu, pois seus livros seriam plágios que o médium Chico Xavier teria feito de obras de médiuns norte-americanos?
                Considero que todas as pessoas têm direito a uma opinião pessoal. Esse é um direito inalienável do ser humano, e costumo respeitar muito as crenças individuais, mesmo quando as opiniões possam ser contrárias àquilo que acreditamos. Infelizmente o ser humano sempre teve o hábito de julgar sem conhecimento, fato que já causou na história da humanidade tanto sofrimento a almas tão puras, que aqui estiveram apenas com o intuito de esclarecer e ensinar ao homem o bem-viver.  Não precisamos de um exemplo melhor do que o próprio Cristo, e o de tantos homens e mulheres que foram sacrificados por pregarem o amor e a união; e pouco tempo depois, foram santificados e endeusados por suas ações e ideologias pela mesma humanidade que outrora os julgara e condenara tão barbaramente. Este fato só prova que a verdade tem sua própria força. É a Luz que sempre invade as Trevas, e nunca ao contrário. Infelizmente ainda teremos por muito tempo mentes arbitrárias em meio à multidão de consciências que habitam a esfera terrestre. E, no entanto, todas com o direito e o dever de expressarem as suas próprias verdades e valores. Nada existe por acaso, e certamente tudo isto já está previsto por uma Mente Superior e Divina, que a tudo comanda, cujo planejamento evolutivo da humanidade compreende todas estas questões e diferenciações, até que a humanidade atinja o nível da harmonia e união ansiosamente aguardadas. André Luiz, como tantas outras consciências extracorpóreas, é mais um guerreiro da Luz, que com extrema coragem não se deixa abater por críticas ou difamações injustas, e persiste com audácia e determinação frente à proposta de elucidar a humanidade, conferida a si, certamente, por suas qualidades inquestionáveis. Não pode haver maior reconhecimento acerca das verdades que ele entoa em suas obras do que as críticas que recebe. A verdade sempre incomoda, e o despeito e as agressões nada mais são do que uma tentativa ingênua e imatura de procurar ofuscar o brilho de quem, não sem esforço e sofrimento, conseguiu vencer a si mesmo, construindo à sua volta um percurso de tanta Luz e Sabedoria.
2 - Duas grandes objeções aos livros de André Luiz seriam em relação a existência de "colônias espirituais", como seria o caso de Nosso Lar, e sobre a existência de animais. O que você ou o próprio André Luiz fala a respeito?
                Mais uma vez são colocadas aqui as questões daqueles que exigem comprovação. Mas estas provas só podem ser ofertadas aos que se abrem de coração, sem preconceito ou discriminação, ao novo. Precisam ser experienciadas ao um nível não racional, intuitivo, e daí então, as conclusões são pessoais, embora quase sempre unânimes quanto à existência de outros planos ou dimensões de vida. A razão tem limites que apenas são rompidos pelo sentimento. Este é o próximo diapasão evolutivo da humanidade. Quanto a estas dúvidas, a própria Física Quântica já proporciona aos mais racionais as comprovações científicas adequadas a estes questionamentos. A Espiritualidade nunca tenta impor nada, mas apenas por; e daí então cada qual, em sua busca individual, tem a capacidade de tirar de sua própria experiência suas próprias conclusões. Acredito que, muito em breve, se houver essa necessidade, a Física Quântica se torne capaz de comprovar não só o espírito, como também a existência de colônias espirituais e de outros planos de vida.
3 - No caso do seu livro, algumas informações podem causar ainda mais polêmica no meio espiritista, como é o caso da criação dos espíritos através de relações sexuais entre os espíritos puros. Sabemos que o movimento espírita tem muita dificuldade de discutir o tema sexo e há muito preconceito em várias casas espíritas em relação ao homossexualismo. André Luiz fala, por acaso, em homossexualidade no mundo espiritual? E como você, particularmente, vê a questão do sexo entre os espíritos?
                Não devemos colocar estes esclarecimentos no rol da leviandade e da promiscuidade. Sempre enxergamos de acordo com o nosso curto alcance, e a humanidade ainda não aprendeu a conceber a união da sexualidade com o amor. Retrato de um condicionamento moral derivado dos dogmas religiosos da Era Medieval, onde se vivia num extremo do conceito distorcido do sexo, através da negação. Hoje, invertemos a polaridade, vivendo num outro extremo do desequilíbrio, o da libertinagem, na qual distorcemos novamente os objetivos divinos do sexo entre os pares.  A sexualidade no plano espiritual superior não está ligada à satisfação física e instintiva do corpo, mas à satisfação plena do coração. É bom que isto fique bem claro, e que não confundam a manifestação sexual superior com o nosso pequeno referencial distorcido do sexo que ainda possuímos. Particularmente, nunca abordei a questão do homossexualismo com André Luiz, mas considero uma fase de amadurecimento de um espírito no desenvolvimento do amor incondicional, dependendo de sua índole espiritual e de suas próprias escolhas, as quais merecem respeito e consideração sempre. Qualquer tipo de preconceito e discriminação é registro de involução. Já dizia Jesus: “Assim na Terra como no Céu”. Somos a imagem e semelhança de Deus; e se é assim que o Divino cria embaixo, assim também com certeza o é encima, de formas diferenciadas e muito mais puras e sublimes do que sequer possamos imaginar.
4 - Notei que André Luiz também vai além, neste livro, da clássica divisão kardequiana de espírito, períspirito e corpo físico. Ele usa os termos da Teosofia, influenciado pelas Psicosofias orientais que pensam o ser humano dividido em 7 grandes dimensões energéticas. Como ele pensa essa questão, Kardec estaria errado ou apenas quis simplificar essa questão, pois talvez não fosse ainda a hora de aprofundar o tema?
                Não posso responder em nome de ninguém, mas duvido que André Luiz ou qualquer outro espírito que esteja realmente voltado para o esclarecimento dos homens na base do Amor, segundo os referenciais Crísticos aclarados em todos os Evangelhos, jamais ousariam condenar os salutares ensinamentos de Kardec como falsos ou inverídicos. Os Administradores Planetários certamente vão elucidando os homens aos poucos, segundo sua capacidade de amplitude mental, que delimita sua condição de compreensão de quando em quando. Imaginem se tentássemos ensinar aritmética a um cão, fatalmente fracassaríamos em nossos esforços. E assim também é com o homem, tanto em questões de Cosmologia, quanto na questão da multiplicidade de manifestações corpóreas e dimensionais, que creio serem ainda muito mais complexas do que as 7 divisões básicas que a Teosofia resgatou dos ensinos de Hermes Trismegisto, à cerca de 6000 anos antes da vinda do Cristo, e que Kardec sabiamente simplificou em sua época, para nosso melhor aprendizado.
5 - Para encerrar, fale um pouco mais dessa sua relação com ele. Você o enxerga? Conversa mentalmente com ele? Ao psicografar é intuitiva ou inconsciente?
                Fiquei ciente de minha relação com André Luiz, logo que iniciei meu desenvolvimento mediúnico. Nunca havia lido suas obras, e meu referencial a seu respeito era apenas o já conhecido por todos, como o de um espírito que escrevia através da mediunidade de Chico Xavier. Desde o início de meu desenvolvimento, André Luiz apresentou-se como um mentor médico, e foi de ajuda inestimável no desenvolvimento de meus outros dons. Só iniciei a escrita alguns anos depois, de uma forma bem natural, em Janeiro de 2007, onde vários outros espíritos se apresentaram com a intenção de colaborar em meu treinamento na escrita, que futuramente, diziam eles, seria o dom mais importante que eu traria em minha tarefa mediúnica particular. Dois anos depois, André Luiz convidou-me a escrever com ele o livro “Morte e Libertação”, o que aceitei não sem reservas. Nestes dois anos, tornou-se necessário que a espiritualidade mostrasse a mim, em inúmeras regressões de memória, meu compromisso e minha vivência com todos eles, e também com André Luiz. Há muitas eras anteriores fomos grandes inimigos, e precisamos, como qualquer outro espírito, aparar nossas diferenças em encarnações, ora como amigos e companheiros, ora em família, o que aos poucos se transformou num forte laço de amor entre ambos, mesmo hoje estando eu encarnada, e ele em outro plano de vida. Não vejo diferença, no que tange ao sentimento, ter a meu lado alguém massificado em um corpo, ou não. André Luiz, além de um amigo amado, é alguém em quem confio e tenho imensa admiração e respeito. Conversamos mentalmente muitas vezes, mesmo informalmente, discutimos aspectos de suas obras, peço esclarecimentos a ele quando necessário, e o vejo ocasionalmente com menor dificuldade nos trabalhos mediúnicos de Nossa Casa, ou nos trabalhos em desdobramento que executamos em parceria com os espíritos. Meu dom psicográfico é semi-mecânico, ou seja, enquanto ouço intuitivamente o que é ditado, minha mão tem também o impulso da escrita. Somente agora, depois de 5 anos escrevendo, é que meus mentores me disseram que encerraram meu treinamento, e agora estou pronta para a escrita. Espero poder colaborar com o meu muito pouco, ao muito que ainda precisa ser edificado para o soerguimento da Humanidade à Luz.
Agradecemos do fundo do coração por essa entrevista e te desejamos muito sucesso nessa dificil tarefa que é a psicografia, ainda mais de um espírito tão polêmico como André Luiz.
Que Deus te ilumine sempre.
 
 

atividade de encerramento 2011

O Núcleo Cultural Rosa de Nazaré encerrou as atividades de 2011, no bairro Antenor Garcia, com distribuição de presentes às crianças da comunidade. A iniciativa e a organização do evento foi do récem-criado Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo.
A atividade aconteceu no dia 23 de dezembro, nas dependências do Núcleo, e o Centro Espírita, em parceria com outras organizações, realizou a entrega de presentes de Natal para mais de 400 crianças.
Sr. Américo, organizador do evento
Antes da entrega, a comunidade recebeu lanche e refrigerante. Porém, infelizmente, dois jovens, um com pedaço de pau e outro com uma faca, quase estragam a festa. Rapidamente, os dois foram separados e uma tragédia evitada. O fato só demonstra como o trabalho de promoção da Cultura de Paz no bairro não pode parar. Lembrando que a Cultura de Paz não significa uma vida sem conflitos, mas a busca de resoluções pacíficas para eles.
crianças e jovens aguardando a entrega dos presentes
crianças com os seus presentes
Outro fato lamentável foi a grande incidência de pessoas que pegavam o lanche e depois jogavam fora. Porém, pela clarividência, um médium descreveu a seguinte cena, que talvez explique o fato: enquanto as mulheres da comunidade e outras voluntárias, inclusive a presidente do Núcleo Cultural Rosa de Nazaré, trabalhavam amorosamente na preparação do lanche, espíritos o energizavam com luzes coloridas. Assim, o simples lanche se transformava em um "remédio" para dissolver energias estagnadas ou enfermiças presentes no corpo físico, mental e emocional de quem o comesse. Infelizmente, as pessoas que jogavam fora o lanche eram vistas pelo médium com várias manchas negras ao redor do corpo físico, indicando possíveis obsessores espirituais. Como tais pessoas não conseguiam ser mais fortes que seus obsessores, estes os intuiam a jogar fora o lanche que poderia ajudá-los não só no aspecto físico, mas também espiritual.
Tirando estes pequenos incidentes, a distribuição dos presentes ocorreu de forma tranquila.
Os presentes  foram arrecadados por vários centros espíritas da cidade e por frequentadores do Shopping Center Iguatemi, que adotaram crianças a partir de uma lista.
O Núcleo Cultural Rosa de Nazaré, criado em 2006, no bairro Antenor Garcia, para realizar atividades sócio-culturais e educativas com a comunidade, visando implementar uma Cultura de Paz, agradece a todos que colaboraram para a realização desse evento e informa que, em 2012, a estrutura montada será doada para o Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo desenvolver suas atividades sócio-religiosas
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domingo, 11 de dezembro de 2011

Em março de 2012, projeto Homospiritualis completará 13 anos

programa da II Jornada de
educação e espiritualidade
O número 13, nas mais diferentes tradições culturais representa, contraditoriamente, algo positivo ou negativo. Na antiga Macedônia, representava mau agouro. O mesmo vale para alguns cristãos, pelo fato do 13º capítulo do Apocalipse falar do Anticristo e da Besta. Mas, hoje em dia, quem não quer receber o 13º salário, melhorando a renda no final do ano? Para alguns povos, o 13 representa a morte ou o início de um novo ciclo. Coincidentemente ou não, o 13º arcano maior do Tarot é a morte e para os psicólogos modernos a infância termina aos 12 anos e, a partir do 13º ano de vida, uma nova etapa no desenvolvimento daquele ser se inicia, a adolescência ou juventude.

Enfim, em março de 2012 fará 13 anos que o projeto Homospiritualis lançou sua primeira semente em São Carlos/SP. A idéia era difundir os valores da “cultura de paz”, conforme proposta da UNESCO e atuar, principalmente durante a “década da cultura de paz” (2001-2010). O primeiro fruto do projeto Homospiritualis foi a criação do Centro de Estudos e Vivências Cooperativas e para a Paz, localizado na rua Marechal Deodoro, em uma casa que pertence a família Ruggiero e que, se eu tivesse dinheiro ou algum poder político, "tombava" e fazia nela o “museu da cultura de paz”. Ninguém que passa na frente imagina o tamanho e o espaço que ela possui. Depois que entregamos a casa, pois não conseguíamos mais pagar o aluguel, a casa abrigou o sindicato dos professores da rede particular de São Carlos, e hoje está novamente vazia, dando “água na boca” e me trazendo à memória inúmeras lembranças, nem todas agradáveis, como a do assassinato de um gato que tínhamos, chamado Tico-Mico, por alunos de uma escola pública que há na mesma rua. O gato levou um tiro na cabeça e eu vi os autores do disparo. Minha intenção era ir à escola denunciar que alunos andavam armados, mas um espírito, que se identificava como dr. Felipe, pediu para eu não fazer nada. Aquilo havia sido uma “fatalidade”.

1º livro da coleção
cultura de paz e mediunidade
Nesta casa, até fevereiro de 2003, o centro ofereceu aulas de Hatha-Yoga, Tai-Chi-Chuan, Meditação, Danças Circulares, Jogos Cooperativos, sessões de Reiki, atendimentos com Florais de Bach, Massagem, cursos de alimentação natural, aulas sobre plantas medicinais, além de grupos de estudo sobre Budismo e outras Psicosofias. Tínhamos reuniões mediúnicas privativas, ou seja, que não eram abertas à comunidade, servindo apenas para que o grupo dialogasse com os “mentores” espirituais do trabalho e estudasse com eles técnicas como DO-IN, Cromoterapia, Massagem etc.

O Centro se mantinha com doações voluntárias, mas também com o dinheiro da venda de produtos esotéricos em uma loja chamada “Encantos da Lua”. A loja não vendia muito, mas, tirando o dinheiro para pagar a funcionária, os impostos e os produtos, dava para pagar o aluguel do imóvel. Porém, da mesma forma que fui orientado para não denunciar os assassinos do Tico-Mico, recebemos a orientação para fechar a loja. Sem recursos, o jeito foi entregar a casa e alugar uma menor, na mesma rua e em frente, que pertencia a uma mulher que tinha uma doença de nome estranho: "síndrome da perna inquieta".

imagem que ornava a
Capela de Assis, no século XII
E o Centro de Estudos e Vivências Cooperativas e para a Paz fechou, juntamente com a Encantos da Lua, para dar lugar, em março de 2003, à ONG Círculo de São Francisco. A missão dela,  principalmente, foi realizar pesquisas utilizando a mediunidade como principal metodologia e para sistematizar a Animagogia e também a Terapia Vibracional Integrativa (TVI). Sete pesquisas foram realizadas durante sua existência, utilizando a História Oral para se entrevistar os supostos Espíritos, além da Observação Participante e da Pesquisa-ação, três metodologias qualitativas das Ciências Humanas. Em 2011, as pesquisas começaram a se transformar em livros, publicados na coleção Cultura de Paz e Mediunidade, editada pela Editora RiMa em parceria com a Edições Homospiritualis.

símbolo do projeto homospiritualis
Em 2006, o projeto Homospiritualis estimulou a criação da ONG Núcleo Cultural Rosa de Nazaré, voltada para a realização de atividades sócio-culturais e educativas no bairro Antenor Garcia, com crianças, jovens, adultos e idosos. Em 2010, o Núcleo sediou o Fórum de Educação e Cultura para a Paz, encerrado com a presença do ator global João Signorelli que trouxe para a cidade o espetáculo “Gandhi, um líder servidor”. Em 2012, o espaço físico onde funcionou o núcleo será doado para um centro espírita, concentrando sua atenção no Centro de Animagogia e Práticas Bionergéticas Rosa de Nazaré, criado em 2010, e que funciona na rua 9 de julho, 1380, nas salas 15 e 21, oferecendo, gratuitamente, alguns dos serviços originalmente ofertados no Centro de Estudos e Vivências Cooperativas e para a Paz.

E a comemoração do 13º aniversário do projeto Homospiritualis acontecerá junto com a II Jornada de Educação e Espiritualidade de São Carlos, com a presença da psicóloga transpessoal Sueli Meirelles. A jornada acontece desde 2010, nos anos pares, alternando com a Jornada de Saúde e Espiritualidade que acontece desde 2007, nos anos ímpares. Até o ano de 2010, estes dois eventos aconteceram simultaneamente com os Encontros Ecumênicos de Educação e Cultura para a Paz, realizados, anualmente, de 2001 a 2010, no dia 04 de Outubro, dia de São Francisco de Assis, mentor espiritual do projeto Homospiritualis, cujo símbolo é o crucifixo de São Damião, imagem que ornava a capela de Assis, no século XII, abraçada por vários seres de luz, representando as diferentes Psicosofias difundidas no projeto. O símbolo do projeto Homospiritualis foi intuído pelo artista plástico são-carlense Fernando Dória, após uma sessão de Reiki, em 2002.

Enfim, se o número 13 representa mesmo o início de um novo ciclo, e se o ano de 2012 será aquele em que a Terra estará imersa dentro do chamado “Cinturão de Fótons” e passará por uma mudança profunda, sobretudo, consciencial, vamos dar graças a Deus por nos permitir vivenciar todas essas mudanças do “lado de cá”. E que venha 2012!

 Abraços fraternos

Adilson Marques – idealizador e coordenador do projeto Homospiritualis

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

cura Prânica

A partir de hoje, o Centro de Animagogia e Práticas Bionergéticas oferecerá também atendimentos de cura Prânica. As sessões são gratuitas e acontecerão às sextas-feiras, das 14 às 16 horas.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

novos horários para atendimento individual de animagogia

Caros leitores(as)
Durante o recesso escolar, os atendimentos individuais de animagogia serão realizados em novos horários: às sextas-feiras, com consultas das 14 às 17 horas.
O atendimento consiste em conversar com a pessoa sobre os seus "problemas" a partir da Psicosofia de Lao-Tsé (entendimento do ego), de Buda (felicidade incondicional), de Krishna (fé plena), de Jesus (vivência do amor universal), do espírito Verdade (vida ativa após a morte) e Gandhi (não-violência). Dependendo da situação do consulente, indica-se sessões de Reiki, Florais, Ervas Medicinais, Hipnose, Regressão de memória, Apometria, Hatha-Yoga, Tai-Chi-Chuan, consulta com entidades espirituais ou o atendimento espiritual de saúde.
Os agendamentos são realizados apenas por e-mail: homospiritualis_br@hotmail.com
A partir do dia 16 de dezembro serão 3 horários possíveis: 14 horas, 15h30 e 17 horas.

para entender mais sobre animagogia, leia o e-book Educação e Espiritualidade: introdução à animagogia:

http://pt.scribd.com/doc/18292432/Educacao-e-Espiritualidade-introducao-a-Animagogia


Os atendimentos individuais de animagogia acontecem no Centro de Animagogia e Praticas Bionergéticas Rosa de Nazaré, localizado na rua 9 de julho, 1380, sala 21 (3º andar), São Carlos/SP.
O atendimento é gratuito e deve ser agendado exclusivamente por e-mail: homospiritualis_br@hotmail.com

domingo, 4 de dezembro de 2011

A cura acontece por merecimento

 Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com


Qual a diferença entre uma suposta cura que acontece quando alguém ora em uma igreja católica e põe na boca uma hóstia; ora em um templo evangélico, cantando salmos; participa de uma gira de umbanda, com danças, incensos e estalar de dedos; ora em um centro espírita e recebe um "passe" ou é tratada em um atendimento apométrico? Apenas são diferentes rituais, diferentes "teatros", diferentes "polissemias simbólicas" porque, na essência, o que determina uma cura espiritual é o merecimento que a pessoa adquiriu.
Deus seria muito injusto se um determinado ritual fosse mais poderoso que outro, por isso não concordo com aqueles que dizem que a Apometria é "superior" a desobsessão kardecista e nem com aqueles que dizem que esta última prática é mais eficiente que as sessões de "descapetamento" na Igreja Universal. Enfim, é o merecimento, uma nova forma de falar em carma, que vai possibilitar a cura.
Por exemplo, um dos casos mais curiosos que assisti em um trabalho de apometria foi a cura de uma mulher com a "síndrome da perna inquieta". No atendimento apométrico, uma médium vidente viu um espírito sem pernas e agarrado na "perna inquieta" da mulher. Com a energia emitida pelo grupo, ele "incorporou" em uma médium e contou sua história. Ele foi socorrido e a mulher se curou da "perna inquieta". Mas será que foi a Apometria que a curou? Se essa mesma mulher tivesse ido a uma "sessão de descapetamento", em um centro espírita, em um terreiro de umbanda, em uma missa católica etc. e já tivesse o merecimento para se curar, o espírito seria adormecido e retirado de sua perna sem ninguém saber o que tinha acontecido e sua cura teria uma aura miraculosa. E temos também que considerar que a visão da médium pode ter sido uma "simbologia" e a "incorporação" do espirito na outra um "animismo". Mas houve a cura da "perna inquieta" e isso que importa. E como salientei, aconteceu pelo merecimento da mulher. Se o tempo de ser curada não tivesse chegado, ela estaria ainda vivenciando sua "perna inquieta".
Enfim, todo tratamento espiritual, e não importa a técnica, consiste em enviar ondas mentais positivas, através do pensamento e do sentimento amoroso, mas esta energia ou vibração só será absorvida pelo enfermo se ele estiver receptivo a ela. Não há milagres em nenhuma técnica espiritual, apesar de alguns atribuir a cura a símbolos miraculosos de antigas civilizações, ao poder do incenso, das velas, dos espíritos "evoluidos" ou "ascensionados", de amuletos etc.
Todo o Universo é criação mental e o poder da mente é tão poderoso que a pessoa cria enfermidades e também a própria cura, mudando inclusive sua carga genética, para o "bem" ou para o "mal". Em alguns casos pode evitar uma "doença cármica" ou um "acidente" previsto para acontecer durante sua encarnação se mudar antes o foco de sua vida, uma vez que a doença ou os acidentes são também "simbolos" para mostrar que algo em nós precisa mudar. Se a pessoa não muda por "bem", algo pode acontece para ela mudar.Enfim, a metanóia, a mudança de sensibilidade, é o objetivo da encarnação.
Mas como a própria ciência já sabe, no núcleo de todo átomo só há energia, logo, o que chamamos de matéria é uma concentração incrível de energia. E os budistas sabem que a energia vem da mente e, em breve, a ciência também vai descobrir isso. O importante agora é compreender que até a "energia positiva" da natureza, do fogo, da terra, do ar, da água etc. vem da mente controlada e em paz e a "energia negativa da natureza" também, mas da mente em conflito e egoista. É por isso que a energia da natureza pode ser usada para rituais de magia "branca" ou "negra". Por isso, o mais importante de tudo em uma cura espiritual é a intenção. Com que intenção o terapeuta ou curador faz um ritual, um amuleto ou impõe a mão sobre uma pessoa?
E aquele que procura pelo tratamento espiritual deve se conscientizar que precisa se esforçar, mudando seu padrão de pensamento e de sentimentos, pois não há nenhuma técnica milagrosa e nem "chama" que consuma carma. Assim, ela precisa começar a se capacitar para merecer uma cura. Quando esse dia chegar, a cura virá pelos mais diferentes e singulares lugares: o terreiro de umbanda para o evangélico intolerante; o templo evangélico para o espírita racionalista etc.
Por isso, aquele que passa o tempo pulando de igreja em igreja, de técnica em técnica, sem se preocupar em mudar interiormente, vai dizer que todas são inócuas. Mas é importante salientar também que todas são "certas", são necessárias para a vida humanizada do espírito, por isso não faz sentido também ficar criticando trabalhos espirituais que usam "símbolos", pois não usar também não deixa de ser uma "ação simbólica", já que até o pensamento racionalista e iconoclasta traz em si uma representação imaginária de mundo e não altera o "merecimento" de ningúem.


São Carlos, 04 de dezembro de 2011

a necessidade de uma visão não-aristotélica para valorizar a sanidade no debate espírita

Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com

Ler livros ou sites espíritas é muito interessante. Imagino que outros leitores não-espíritas devem sentir o mesmo que eu. Como que eles, os espíritas, conseguem se engalfinhar tanto em cima de meras abstrações mentais, ou aquilo que Kant chamava de "narrativas visionárias". Cito abaixo um parágrafo retirado do blog ensino espirita, que se considera um "espiritismo com profundidade":

"André Luiz já publicou em suas obras sobre a presença de animais nas colônias espirituais, como pássaros, peixes, cães e outros animais. Afirmo, porém, que no momento fico com Kardec, até que alguém consiga trazer uma informação que confirme, por A mais B, baseado somente nas obras de Allan Kardec e ninguém mais, que existem animais na espiritualidade, uma informção que seja tão clara quanto essa que o espírito trouxe à Kardec sobre a não existência desses seres na erraticidade".

Para um leigo em espiritismo como eu, fico imaginando como deve ser a cabeça de uma pessoa que pede para um espírito provar que existe animais no mundo espiritual de "forma clara" como um outro suposto espírito que, em tese, disse para Kardec que "lá não há animais". O que será que Kardec tem de tão especial para aceitarmos tudo o que ele escreveu? Só porque um suposto espírito disse (e quem garante que disse?) para ele que "do outro lado" não há animais, isso se torna uma verdade absoluta? E, com base nesta informação, se um outro suposto espírito diz o contrário, isto prova que ele está mentindo? é importante salientar que, no mesmo blog, encontramos a informação que o suposto espírito André Luiz seria um "obsessor" de Chico Xavier. E depois querem que acreditemos que o espiritismo é científico. Que base científica foi usada para tantas paralogias?
Enfim, estamos tão acostumados com o aristotelismo, algo que está tão enraizado em nossas veias, que não conseguimos imaginar que o mundo não é feito de dicotomias. Não estamos acostumados com a pluralidade de idéias. Sempre vamos acreditar que existe a "interpretação falsa e nociva", que deve ser evitada a todo custo e que é sempre a dos outros; e a "interpretação verdadeira e útil", normalmente aquela que aceitamos ou acreditamos como sendo verdadeira e fazemos questão de defendê-la com unhas e dentes, não compreendendo que até ela não passa de um mero etnocentrismo.
Uma pessoa mais pragmática nem vai perder tempo com tais discussões, mas para quem aprecia o sabor das "narrativas visionárias", termo que tomo emprestádo de Kant, é uma leitura agradável, estimula a imaginação, mas desde que não se prenda a essa idéia de querer saber o que é verdade ou mentira em tais narrativas. Elas são úteis para dar vazão aos sonhos, aos devaneios etc. Mas sofrer com as contradições me parece pouco saudável. Nesse aspecto, me parece que Buda era mais sensato, ensinando seus discípulos a viver o "aqui e agora", sem se preocupar com aquilo que não podia ser provado e nem com abstrações que possam tirar a "paz de espírito".

para conhecer o blog comentado acima:
http://ensinoespirita.blogspot.com/

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Espiritualidade e Direitos Humanos

Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com

Um dos assuntos mais polêmicos e paradoxais é refletir sobre o tema espiritualidade e os direitos humanos. Quando começamos a estudar as regras e leis espirituais nos deparamos como uma que parece inexorável: a lei de causa e efeito, traduzida por Paulo de Tarso, em Galatás, como "tudo aquilo que semear, também ceifará". E as doutrinas reencarnacionistas como o budismo falam em carma, afirmando que tudo o que acontece hoje é fruto de uma ação passada, muitas vezes praticada em outra existência. Pela ótica espiritualista, a vítima de hoje não seria tão vítima assim. De certa forma estaria colhendo o que plantou no passado e o algoz de hoje seria aquele aludido por Jesus ao afirmar que "o escândalo é necessário", mas que sofrerá por ser o instrumento do "escândalo", ou seja, alguém precisaria ser o instrumento de uma "ação carmática" que uma outra pessoa necessita vivenciar, mas vai se comprometer com a lei de causa e efeito, apesar de ter sido, simultaneamente, um instrumento necessário.
Porém, o paradoxo desaparece se pensarmos que até as leis que regulamentam os direitos humanos só surgiram no momento certo e que as punições para quem é homofóbico, agride idosos, é intolerante com religiosos de outras agremiações etc. também são frutos da mesma lei de causa e efeito e, assim, vai ser punido por tais leis quem merecer. Se o mundo material é um reflexo do espiritual, as leis espirituais agem em toda e qualquer circunstância, até no surgimento dos chamados direitos humanos. Nesse sentido, se sabemos que um idoso está sendo agredido ou desrespeitado em seu direito e nosso dever como cidadão é denunciar o agressor ao conselho do idoso, podemos fazer isso sem culpa ou remorso, pois se nasceu uma lei humana que defende o idoso foi porque Deus permitiu, ou seja, é o carma em ação. Porém, não precisamos sofrer ou sentir pena da "vítima". Podemos fazer a nossa parte sem rancor, sem ódio no coração e entendendo que o "algoz", aquele que não respeita os direitos humanos, é ainda um espírito em provação e que a "vítima" não é tão inocente, uma vez que cada um só recebe o que necessita e merece, em função do que "plantou" no passado. Assim, mantemos a equanimidade diante de um fato que desrespeita os direitos humanos, mas que faz parte da "justiça divina".
E a evidência da lei de causa e efeito se torna patente em trabalhos mediúnicos como o da Apometria em que, muitas vezes, para se resolver um problema de obsessão é necessário vasculhar as vidas passadas da "vítima" e constatar que de "pobrezinha" a pessoa não tem nada. Muitos já sofreram em suas mãos. Quase sempre nos deparamos com o que alguns chamam de "função espelho", ou seja, o que sofremos hoje é quase sempre o que já fizemos no passado. O outro é um "espelho" para aprendermos alguma coisa. Aquele que me agride está me ajudando a sentir na pele o que o outro sentiu quando eu fui o agressor.  Infelizmente, parece que é assim que aprendemos: ontem agredimos; hoje somos agredidos por outros que serão agredidos amanhã, em um fluxo que parece não terminar, mas fazendo rodar a lei de ação e reação. Mas aquele que consegue compreender este fato, consegue sair desse fluxo negativo colocando amor em seus atos, mesmo que sejam atos voltados para punir ou enérgicos, uma vez que a pessoa espiritualizada é uma pessoa generosa e amorosa, mas não necessariamente que se humilha, se autoanula ou se coloca na posição de serviçal. Servir é uma coisa, ser serviçal é outra bem diferente.
Enfim, é possível "lutar" contra o preconceito, seja em relação a negros, homossexuais, idosos, mulheres, crianças etc., fazendo valer as diferentes declarações universais e leis humanas, mas sempre tendo em mente que, essencialmente, todos são espíritos eternos passando por provas, quase sempre escolhidas voluntariamente antes da encarnação.

São Carlos, 02 de dezembro de 2012

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

5 mil acessos

Há dois anos, envolvido pela ambiência da semana da consciência negra, disponibilizei na forma de e-book o livro "História oral, Imaginário e Transcendentalismo: mitocrítica dos ensinamentos do espírito pai Joaquim de Aruanda", livro que teve uma história muito singular. Em 2005, conheci o trabalho de um médium carioca, residente no interior do estado de São Paulo, o Firmino José Leite. Este médium incorporava (e ainda incorpora) um espírito que se identifica como Pai Joaquim de Aruanda, um "preto-velho", cujo trabalho consistia em fazer palestras pela internet, no sistema paltalk. Na época, as palestras eram semanais e hoje acontecem com menos frequência, pois o suposto espírito afirma que sua missão já está acabando.
Convidei o médium/espírito para uma série de entrevistas em São Carlos, o que aconteceu entre os anos de 2005 e 2008, totalizando cerca de 32 horas de gravação em vídeo. Com o material, imaginei um pós-doutorado bem original, realizando um estudo de história oral com um suposto espírito, aproveitando minha experiência com esta técnica de pesquisa, iniciada em 1992, no grupo Abaçaí Cultura e Arte, na cidade de São Paulo.
Mas não imaginava que a Universidade ainda estivesse tão fechada para o tema. Entre os anos de 2007 e 2009, procurei professores na USP, Unesp de Araraquara, UFSCAR, UFF e até do exterior, e recebi diferentes respostas negativas. A única que aceitou a pesquisa foi a UFPe, porém, na hora de encaminhar os documentos solicitados pela CAPES, a Universidade não mandou e a bolsa não foi aprovada, o que me impediu de realizar a pesquisa dentro de uma instituição universitária.
Mesmo assim, a pesquisa foi feita e o discurso do suposto espírito foi interpretado a partir dos estudos sobre o imaginário, conforme proposta de Gilbert Durand, antropólogo francês. No início de 2011, lançamos uma versão impressa do livro, apresentado e discutido em dois eventos acadêmicos, um em Juiz de Fora/MG e outro em Natal/RN. E, no momento em que completa dois anos no ar, atinge a marca significativa de 5 mil acessos, sendo o terceiro mais lido no portal do projeto Homospiritualis no scribd, que possui 58 documentos, ficando atrás apenas do artigo "Ensino religioso, educação em valores humanos e animagogia", com quase 20 mil acessos e "Da ciência moderna à pós-moderna", com quase 6 mil acessos. Encerrando as comemorações em homenagem à "consciência negra", agradeço a esse "espírito da pós-modernidade" por ter permitido que eu o entrevistasse para essa pesquisa tão insólita e lamentar por ele ter sido "impedido" de entrar em nossas Universidades, mesmo depois de "morto".

São Carlos, 24 de novembro de 2011

Adilson Marques


Para acessar os documentos citados acima, clique nos links abaixo:

História Oral, Imaginário e Transcendentalismo:
http://pt.scribd.com/doc/24571893/Historia-Oral-Imaginario-e-Transcendentalismo-mitocritica-dos-ensinamentos-do-espirito-Pai-Joaquim-de-Aruanda


Ensino religioso, educação em valores humanos e animagogia:
http://pt.scribd.com/doc/17463454/ensino-religioso-educacao-em-valores-humanos-e-animagogia


da ciência moderna à pós-moderna:
http://pt.scribd.com/doc/17664791/Da-ciencia-moderna-a-posmoderna-percursos-e-percalcos


veja no youtube o vídeo "O espírito da pós-modernidade":
http://www.youtube.com/watch?v=YnK2K1f4L4s

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Introdução à apometria arquetípica

Ontem, dia 22 de novembro, iniciamos na sede do projeto Homospiritualis, um novo curso com a espiritualidade com o objetivo de aprender novas sequências de Tai-Chi-Chuan. Porém, acabei intuindo uma forma para se trabalhar nos atendimentos de apometria que chamei de "Apometria Arquetípica" e que seria o seguinte: o envio de energia para transmutar padrões vibratórios enfermiços e, portanto, de baixa intensidade.
Assim, ao invés de abrir a vibração de um consulente, após a preparação do atendimento se abre a vibração do "mal de alzheimer", por exemplo. Obviamente que estamos contando com o auxilio da espiritualidade para isso. Provavelmente, os médiuns precisam ser pessoas com grande capacidade de concentração mental e, de preferência, que não sejam médiuns de sensação, caso contrário podem não aguentar o impacto energético.
O grupo apométrico enviará energia amorosa e ela será utilizada pela espiritualidade socorrista para tratar quem merecer, ou seja, tirar o espírito (encarnado ou não) dessa vibração enfermiça. Em tese, ao fazer isso aumenta a probabilidade de uma cura ou pelo menos uma amenização nos sintomas. O mesmo pode ser feito para o câncer de mama, de péle, de estômago etc. ou qualquer outra enfermidade, pois a doença não passa de um padrão energético enfermiço e se a pessoa se desliga dessa energia, ou a enfermidade estaciona ou regride com a renovação dos pensamentos e sentimentos. Possivelmente, o mesmo possa ser feito para vícios (drogas, alcool etc.).
Com essa forma de atendimento não estaremos indo de encontro ao livre-arbitrio de ninguém, pois só quem tiver merecimento será ajudado, mesmo que a pessoa não tenha solicitado a ajuda. Mas vamos antes discutir melhor o assunto com a própria espiritualidade, inclusive para saber dos riscos de um trabalho similar para o grupo apométrico.

domingo, 20 de novembro de 2011

Livro sobre Apometria é lançado na livraria Sideral

lançamento do livro no dia 19/11 na livraria Sideral

O Livro "Apometria: a mediunidade e o poder da mente a serviço da regeneração espiritual da Terra" foi lançado no dia 19 de novembro, na livraria Sideral, na cidade de São Carlos. A apometria é uma técnica criada pelo médico espiritista José Lacerda, em meados do século XX. Rejeitada pelo movimento espiritista, a técnica começou a ser utilizada em centros de umbanda como prática de "magia branca" para limpeza energética de ambientes, resgates de espíritos sofredores etc. A técnica foi objeto de profundo estudo na antiga ONG Cìrculo de São Francisco (2003-2007), sob a coordenação de Adilson Marques e é atualmente um dos mais concorridos serviços espiritualistas, prestados gratuitamente, no Centro de Animagogia e Práticas Bionergéticas Rosa de Nazaré.
 A livraria Sideral fica na av. São Carlos, 1931.
O livro apresenta a concepção universalista adotada pelo Centro e vários estudos, como o de atendimentos a supostos Espíritos que desencarnaram através do suicídio ou da eutanásia.
A Apometria é realizada todas as segundas-feiras, das 21 h às 22 horas, e o interessado pode se informar e solicitar ajuda através do seguinte e-mail (homospiritualis_br@hotmail.com) ou ir pessoalmente, na sede do projeto Homospiritualis, na rua 9 de julho, 1380, salas 15 e 21, também às segundas-feiras, a partir das 19h30.
No próximo sábado, dia 26 de novembro, o lançamento do livro será em Uberlândia/MG.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Os órgãos do Ego

Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com

Não é possível falar do Ego sem relacioná-lo ao corpo físico. Este traz as marcas do que sentimos, pensamos e fazemos. E mesmo as doutrinas religiosas ou espiritualistas que não acreditam no livre-arbítrio no ato, dizem que temos sempre a liberdade de pensar e sentir. Assim, ao contrário da visão cartesiana que separa o corpo da alma, como se cada um fosse uma coisa independente e sem relações recíprocas, eles estão muito articulados durante a humanização do Espírito eterno, uma vez que sem a encarnação o processo de humanização não acontece. Não é possível se humanizar na dimensão espiritual, onde a consciência é plena e verdadeira, não mais um simulacro como acontece durante a humanização do Espírito e que nos faz acreditar nas verdades e artimanhas do Ego, como a de ser preto, branco, amarelo, homem, mulher, brasileiro, alemão etc. Enfim, estamos preto, homem, brasileiro... mas não somos nada disso. Somos universais e já vivemos até em outros planetas. Enfim, nem da Terra somos; nós estamos, momentaneamente, experimentando uma vida humana diferente daquela que já vivemos em outros lugares. Enfim, aqui também é uma grande escola para o Espírito.
E nesta escola a ligação com um corpo material denso se faz necessário. E nesta ligação, todo o corpo é veículo do Ego, mas três órgãos se destacam: o nariz, os polegares e as nádegas. É isso mesmo, se você que ver como anda sua relação com o Ego, avalie como estes três órgãos estão. Atrair enfermidades ou acidentes nestas partes é sinal que algo não está bem. Ou o Ego anda muito cabisbaixo ou muito inflado. Os dois processos não são legais.
Observe que as pessoas que estão com o chamado "Ego ferido" andam com a cabeça baixa, apontando o nariz para o chão. Muitas vezes, fazem como os cachorros que perdem uma briga, colocando o rabinho entre as pernas e saindo de mansinho com a bunda murcha. Nós fazemos o mesmo com a nossa bunda, quando o Ego está ferido. Ela fica murchinha. Ela pode até ser grande, mas fica acanhada e para dentro quando nosso Ego está "para baixo". E o polegar, então? Atraímos acidente como martelá-lo, o prendemos na porta, o papagaio o bica etc. e raramente conseguimos fazer o sinal de "positivo" com ele quando nosso Ego está abalado. Apesar da dificuldade para se fazer o sinal de "positivo" com o dedão do pé, este também pode ser vítima de acidentes e enfermidades e não só os das mãos.
Mas quando estamos eufóricos, o que não é sinal de felicidade, estes órgãos também podem sofrer abalos. O Ego inflado também atrai enfermidades ou acidentes. Um fato que parece ser coisa de filme é mais real do que se imagina. É comum ver em filmes sobre adolescentes que no dia da festa de debutante, a jovem acorda com uma baita espinha no nariz e se desespera. Ela fica indignada e se pergunta: "por que justo hoje foi nascer esta enorme espinha!". A culpa foi o Ego inflado, da euforia, do orgulho que a data propicia. E andar com o nariz muito empinado também é arriscar a batê-lo em um poste ou de algum pássaro fazer o que não deve em cima dele.
E como os traseiros também ficam arrebitados e saltitantes quando a jovem realiza o sonho de ficar com o rapaz idealizado ou compra a roupa ou os sapatos que ambicionava? A bunda ganha uma nova vida quando o Ego se realiza.
Mas, como em tudo na vida, o bom senso e o "caminho do meio" são importantes para manter nossos órgãos saudáveis e o Ego também, pois não temos como matá-lo ou nos livrar dele.Assim, nem o 'Ego inflado" e nem o "Ego ferido" fazem bem para a saúde. O Ego é um bom servidor, mas é um mal patrão, já nos alertava Krishna na Bhagavad Gita, há pelo menos 2.500 anos.
Faça do seu Ego um amigo do peito e um irmão camarada. Use-o para o seu crescimento.Viva em paz com ele e sua humanização será saúdavel, sem extremos e sem sofrimentos.

demorou, mas aconteceu...

Já existe no Brasil o Comitê Nacional da Diversidade Religiosa, criado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A partir de agora ficará mais fácil trabalhar pela difusão da tolerância religiosa no país, principalmente para os adeptos das religiões afro-brasileiras, as mais atacadas de forma patente por grupos evangélicos e de forma latente pelos espíritas.

espiritualidade tupi-guarani foi tema de evento em São Carlos

Débora (em pé) na palestra sobre cultura tupi-guarani
No dia 9 de novembro, o cacique Ubiratã e sua esposa Débora Dioniso, da aldeia indígena Bananal, em Peruíbe/SP, estiveram em São Carlos e visitaram o projeto Homospiritualis. Na ocasião, Débora apresentou o vídeo que os índios fizeram com o apoio da Secretaria Estadual de Educação para difundir a cultura tupi-guarani. Na sexta-feira, dia 11, o casal recebeu uma aplicação de Reiki no projeto Homospiritualis e conheceu as demais atividades que são realizadas no local.
imagem do cacique Ubiratã fazendo um "pau-de-chuva"
O cacique Ubiratã ficou interessado em participar de uma reunião mediúnica com incorporação de entidades indígenas, o que não foi possível desta vez. Quem sabe na próxima visita deles a São Carlos.
Os trabalhadores do projeto Homospiritualis também foram convidados para conhecer a aldeia Bananal, em Peruibe/SP para aprofundar um intercâmbio sócio-cultural, educativo e espiritualista, valorizando a cultura de paz e seus princípios, sobretudo o "ouvir para compreender".

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

leia a introdução do sexto livro da coleção cultura de paz e mediunidade

O sexto e penúltimo livro da coleção cultura de paz e mediunidade, publicada pela Edições Homospiritualis em parceria com a Editora RiMa abordará o tema "Reflexões sobre Saúde e Espiritualidade:Do Reiki aos tratamentos mediúnicos". O livro estará disponível para venda na primeira quinzena de dezembro e é uma ótima sugestão para  presentear os amigos e parentes no Natal.

Leia agora, em primeira mão, a introdução do livro:

Em 2001, o projeto Homospiritualis iniciou as atividades do Centro de Estudos e Vivências Cooperativas e para a Paz, organização espiritualista que funcionou até o ano de 2003 e foi o embrião da ONG Círculo de São Francisco (2003-2007), na cidade de São Carlos. Naquele centro, o projeto Homospiritualis oferecia, gratuitamente, aulas de Hatha-Yoga, Danças Circulares, Tai-Chi-Chuan, Meditação, Reiki etc., além de manter grupos de estudo sobre os ensinamentos de Buda, Lao-Tsé, Krishna, entre outros mestres espiritualistas.
Porém, ainda em 2001, após a visita de dois médiuns kardecistas, o grupo sofreu sua primeira divisão, com a saída das pessoas que não aceitavam o intercâmbio mediúnico. O grupo de pessoas que continuou no projeto iniciou uma profícua experiência mediúnica com os supostos espíritos e realizou uma singular pesquisa sobre as diferentes terapias vibracionais e bioenergéticas. Este foi o primeiro estudo de Espiritologia realizado pelo projeto Homospiritualis que, entre os anos de 2001 e 2003, realizou reuniões mediúnicas semanais para entrevistar e dialogar com os supostos espíritos, levantando informações sobre o Reiki e outras técnicas orientais de saúde como a Cromoterapia, o DO-IN, o Tai-Chi-Chuan, a Meditação etc.
Entre os anos de 2004 e 2005, o projeto Homospiritualis publicou uma trilogia de livros sobre o assunto. O primeiro livro denominou-se “Dharma-reiki: o aprimoramento espiritual e a caridade como caminhos para a cura”. Nele, relatei uma experiência pessoal, narrando como foi a minha iniciação na técnica criada pelo suposto monge budista Mikao Usui, além desse contato que tivemos com a espiritualidade através do intercâmbio mediúnico e a primeira sistematização de um trabalho psico-sócio-espiritual que denominei, na época, de Mandala-Reiki e hoje chamo de Terapia Vibracional Integrativa (TVI), uma forma de meditação comunitária unindo REIKI, Danças Circulares, Meditação em movimento e Cromosofia (cromoterapia mental), algumas das terapias e técnicas que passaram a ser utilizadas na ONG Círculo de São Francisco, até o seu fechamento em 2007.
O segundo livro reuniu os ensinamentos transmitidos pelos supostos espíritos, enfatizando a necessidade de uma mudança de sensibilidade diante da vida, o que, desde 2003, chamamos de Animagogia. Este livro foi denominado “Os símbolos do REIKI e seus ensinamentos morais”. Por vários anos ele foi utilizado como material didático nos vários cursos de REIKI que ministrei na ONG Círculo de São Francisco (CSF), na Fundação Educacional São Carlos (FESC), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e em escolas públicas e particulares do ensino básico e médio, localizadas no município de São Carlos e de outros municípios, além de centros espiritualistas das mais diferentes orientações doutrinárias.
E o último livro da trilogia chamou-se “O REIKI segundo o Espiritismo”. Esse livro foi o mais lido e também o mais criticado. Sua primeira tiragem de 1 mil exemplares esgotou-se rapidamente e, na Internet, sua primeira versão e-book recebeu mais de 3 mil acessos em um ano. O livro gerou muita polêmica, tanto com os que se dizem “reikianos”, como com aqueles que se consideram “espíritas”. Os reikianos não aceitavam as informações dos supostos espíritos que afirmavam não ser necessário nenhum símbolo para se enviar energia e que o REIKI, a Cura Prânica, o Passe, o Johrey etc. eram, essencialmente, a mesma coisa, apesar da diferença na forma exterior de se conduzir o trabalho de cura vibracional. Por seu turno, os espíritas ficaram indignados, afirmando que os “espíritos superiores” não responderiam questões sobre “mistificações” como o Reiki e que eles não se interessariam por terapias alternativas ou complementares que, segundo estes espiritistas, não “tinham comprovação científica e eram 'coisas' de médiuns fascinados”. Para evitar mais confusões, em 2005, lançamos uma nova edição do livro com um novo título: “O REIKI, a TVI e outros tratamentos complementares”, inserindo uma ampla reflexão sobre O Livro dos Espíritos e sobre o que começamos a chamar de Ciências do Espírito ou Espiritologia, diferenciando o tratamento religioso que o movimento espiritista possui sobre o tema e a nossa perspectiva científica não-cartesiana.
Nesta terceira edição do livro, e como parte integrante da coleção Cultura de Paz e Mediunidade, resolvemos fazer profundas alterações no mesmo. Novas perguntas foram formuladas aos supostos espíritos e, abaixo das respostas, comento as opiniões expressadas por estes “seres incorpóreos”.
E este livro é publicado no momento em que completamos 10 anos de experiências mediúnicas e também de atendimento à comunidade. Inicialmente, no Centro de Estudos e Vivências Cooperativas e para a Paz, utilizávamos o REIKI conforme tínhamos aprendido nos cursos que fizemos (nível 1, 2 e 3 do REIKI tradicional mais o nível 1 e 2 do chamado Karuna-REIKI). Porém, a partir do trabalho iniciado na ONG Círculo de São Francisco, em meados de 2003, abandonamos os símbolos e outras práticas aprendidas naqueles cursos e passamos a enfatizar a importância do pensamento elevado, da vontade e do amor, além da necessária mudança de sensibilidade por parte da pessoa que vem em busca de auxílio para superar uma enfermidade física, mental ou emocional, uma vez que passamos a compreender que são as nossas atitudes as principais responsáveis por nossas enfermidades e não a ação de bactérias, vírus ou qualquer outro fator exterior. Para diferenciar nossa forma de atuar com a técnica, criamos o neologismo Dharma-REIKI.
Mas, com a criação em 2010 do Núcleo de Animagogia e Práticas Bionergéticas Rosa de Nazaré, com o objetivo de retomar as atividades que eram praticadas na ONG Círculo de São Francisco, tivemos uma grata surpresa durante as sessões de Reiki: as entidades espirituais, ou seja, os supostos médicos que auxiliam no atendimento, começaram a se manifestar através dos atendentes com potencial mediúnico. Com o passar do tempo resolvemos não utilizar mais o nome Dharma-REIKI e passamos a denominar esse trabalho terapêutico de Atendimento Espiritual de Saúde (AES), que passou a ser realizado através de uma equipe de doadores de energia, através da imposição das mãos, e com a presença de seres incorpóreos que participam do trabalho, através de médiuns de incorporação (psicofonia), e conversam com os consulentes passando alguma orientação sobre a enfermidade ou mesmo transmitindo esperança e força para que possa superar essa vicissitude existencial.
Essa experiência nos ajudou a compreender que a espiritualidade não é monopólio de nenhuma religião e nem mesmo de filosofias espiritualistas “codificadas”, como seria o Espiritismo. Não foi essa religião que inventou os Espíritos e Kardec, com seu olhar cientificista, buscou apenas estudar as possíveis relações entre o mundo espírita (ou seja, dos Espíritos) e o mundo material, utilizando a mediunidade como heurística.
Para o projeto Homospiritualis, o sentido profundo dos valores espirituais encontra-se sempre em uma dimensão pessoal e intransferível, e cada Espírito humanizado sempre possui o seu livre-arbítrio para escolher a religião que melhor corresponda ao seu grau de entendimento espiritual. Porém, não podemos deixar de assinalar que, paradoxalmente, as doutrinas religiosas costumam embaçar nossa experiência única com Deus e, muitas vezes, até a impedem. Ao invés de iluminar, elas ofuscam quando deixamos que o nosso individualismo (Ego) fale mais alto. Quando isso acontece, começamos a julgar a nossa religião como a “certa” e a condenar as demais como as “erradas”. Assim, as religiões que poderiam nos conectar a Deus, ou seja, preparar o neófito para o grande mergulho na realidade suprema e inefável de um Deus vivo, acolhedor e misericordioso, transformam-se em “bezerros de ouro”.
Ofuscados pela luz do Ego, passamos a idolatrar a religião ou seus criadores, esquecendo-se de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, objetivo, por exemplo, do cristianismo. É por isso também que Sidarta, o Buda, afirmava que as doutrinas religiosas são como canoas para chegarmos ao outro extremo do rio. Porém, assim que a travessia termina, elas devem ser abandonadas para o uso de outras pessoas, e não carregadas sobre os ombros. A idolatria nos deixa cegos e por isso o Buda também dizia: “não aceite nada daquilo que vos digo; não aceite nada daquilo que está escrito em livro considerado sagrado; aceite somente aquilo que passar por vossa compreensão”. Em outras palavras, não existe religião verdadeira e religião falsa. Deus é misericordioso e abençoa todos os caminhos que buscam a regeneração da Terra e a purificação do Espírito eterno.
E dentro dessa perspectiva universalista, contemplada pela Cultura de Paz, em nenhum momento classificamos os supostos espíritos que entrevistamos em “superiores” ou “inferiores”. Mais do que julgar, o objetivo foi ouvi-los para compreendê-los. E a partir desta experiência passamos a identificar o trabalho de pesquisa junto aos supostos espíritos não mais como "espiritismo", uma vez que isso nos causou muito problema em 2005, mas o identificando como Espiritologia, as Ciências do Espírito, uma vez que ela é uma prática que não se fecha sobre uma doutrina exclusivista, mas que se abre para o estudo e para a elaboração de teorias sobre a possível existência da vida espiritual e as relações que esta pode ter com a material, sobretudo no século XX e XXI, buscando compreender os “fatos espíritas” contemporâneos, quase sempre chamados de “elementos estranhos ao espiritismo” pelos adeptos dessa religião medianímica.
Nesse sentido, as Ciências do Espírito estudam, obviamente, o espiritismo, mas não se resume a ele e nem visa legitimá-lo. As Ciências do Espírito não podem ignorar a rica manifestação mediúnica que acontece também nos terreiros de Umbanda, na Apometria ou em outros trabalhos, como neste que descrevemos neste livro, só porque os espiritistas não aceitam essas manifestações.
Assim, através da pesquisa com os supostos espíritos, formulamos a hipótese de que o REIKI também é um “fato espírita”, ou seja, onde há a “manifestação de espíritos”, mesmo que latente. Supostamente, o REIKI teria sido intuído por um monge budista chamado Mikao Usui, no Japão. Em meados da década de 1980 chegou ao Brasil e, por seu grande avanço no mundo Ocidental, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já o reconheceu como “terapia complementar”, junto com outros tratamentos (Florais de Bach, Acupuntura, Homeopatia etc.). E por que falamos que o REIKI é um “fato espírita?” Porque, segundo a denominação de Allan Kardec, todos os fenômenos causados pela intervenção de inteligências incorpóreas, ou seja, por supostos Espíritos, não importando o seu grau de evolução, seriam “fatos espíritas”.
Sabemos que nos cursos de REIKI raramente se fala na presença dos Espíritos. Nestes cursos se ensina que a “energia cósmica é inteligente” e é ela que faz os tratamentos. Porém, em nossa pesquisa, ouvimos que sem a participação dos Espíritos nenhuma cura seria obtida através dessa técnica. Assim, podemos estudar o REIKI como um “fato espírita”.
Alguns reikianos escrevem sobre a presença de supostos Espíritos nas “sessões de cura”, mas afirmam que não são “meros desencarnados” que ainda necessitam da reencarnação, como aconteceria, em tese, nos trabalhos espiritistas, e sim os “mestres ascensionados”, entre eles, Jesus, Maria, Arcanjo Gabriel, Saint Germain, entre outros. Verdade ou não, “meros desencarnados” ou “mestres ascensionados”, continuaríamos diante de um “fato espírita”, pois esta prática dependeria da intervenção dessas consciências incorpóreas para se processar.
Mas entendemos também a critica dos espiritistas ao nosso trabalho, uma vez que acreditam que não há mais nada para se perguntar aos espíritos. Porém, é preciso lembrar que o próprio Kardec escreveu, em O Livro dos Médiuns: “Algumas pessoas pensam que é preferível abster-se de colocar perguntas, e que convém esperar o ensinamento dos Espíritos sem provocá-los; há ai um erro. Os Espíritos dão, sem contradita, instruções espontâneas de alta importância, e que seria errado, negligenciar, mas há explicações que se esperaria, freqüentemente, tempo muito longo se não fossem solicitados. O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns estariam ainda por fazer, ou pelo menos, seriam bem menos completos, e uma multidão de problemas de grande importância, estaria ainda por resolver.”
Não acreditamos que Kardec usaria a expressão “elementos estranhos ao espiritismo” para se referir aos fenômenos mediúnicos desconhecidos no século XIX, uma vez que sua preocupação era científica e, como também afirmou em O Livro dos Médiuns: “a instrução espírita não compreende apenas o ensinamento moral dado pelos Espíritos, mas também o estudo dos fatos; a ela incumbe a teoria de todos os fenômenos, a procura das causas e, como conseqüência, a constatação do que é possível e do que não o é; em uma palavra, a observação de tudo o que pode fazer avançar a ciência. (...) Esses fatos, que seria impossível enumerar, surgem de uma multidão de circunstâncias fortuitas; embora menos salientes, não deixam de ser do mais alto interesse para o observador, que neles encontra, ou a confirmação do princípio conhecido, ou a revelação de um princípio novo, que o faz penetrar mais adiante nos mistérios do mundo invisível.”
Enfim, como base nessa argumentação tão enfática, não nos parece que Kardec trataria o REIKI como “elemento estranho ao espiritismo”, mas da forma como estudou as famosas “mesas girantes” do século XIX, compreenderia a dimensão espiritual desta técnica e questionaria os supostos Espíritos sobre os símbolos miraculosos ou sobre a história de que o REIKI seria capaz de curar todos os problemas físicos, mentais, emocionais e espirituais da humanidade por usar uma energia especial e acessada apenas por quem foi “sintonizado” na técnica. Assim, se estivesse encarnado no século XXI teria interesse em estudar os “fatos espíritas” que acontecem no REIKI, na Umbanda, na Apometria ou em qualquer outra prática onde o intercâmbio com os Espíritos de todos os graus, de forma oculta ou patente, se realiza, buscando constatar o “que é possível e o que não é”.
Infelizmente, nossa interlocução não é com Kardec e, portanto, para se evitar mais confusões, afirmamos que o REIKI, a Umbanda e a Apometria são também “fatos” ou “manifestações espíritas”, assim como os demais fenômenos estudados ou aceitos pelo Espiritismo, mas o estudo científico de todas essas manifestações é realizado pela Espiritologia, uma disciplina que não tem nenhum preconceito ou ojeriza a elas. Assim, mesmo que sejam classificados como “elementos estranhos ao Espiritismo”, elas não deixam de ser objetos privilegiados de estudo para as Ciências do Espírito.
O espiritólogo, portanto, não deve ter preconceito e estuda todas as manifestações mediúnicas que acontecem nos “centros espíritas”, nos “terreiros de Umbanda” e nos diversos “espaços holísticos”. Assim, para o estudioso dos “fatos espíritas” não importa se a espiritualidade que se manifesta em um centro opta em trabalhar apenas com água fluidificada e passe (envio de energia através das mãos) e, em outros, apóia que o grupo mediúnico use a Apometria, técnica de tratamento espiritual e desobsessão criada pelo médico brasileiro Dr. Lacerda. Também não importa se a espiritualidade usa a cromoterapia ou faça cirurgias espirituais e receite remédios homeopáticos através da psicografia, ou use a forma de "médico", "padre", "preto-velho" ou "índio". Para a Espiritologia não há a forma “certa” de aplicar passe e a forma “errada”, por exemplo. Todas são manifestações mediúnicas (ou espíritas) e podem ser estudadas sem preconceito ou exclusão. E não importa o que paramos para observar, vamos sempre perceber que existem várias maneiras de se fazer a mesma coisa. Por isso, é algo meio patológico acreditar que existe uma única forma “certa” para se fazer algo, normalmente a que seguimos, e as “erradas”, as que os outros seguem.
E como afirmou Kardec, “...não podendo provocar os fatos, é preciso esperar que eles se apresentem e, no geral, eles são conduzidos por circunstâncias das quais nem ao menos se sonha. Para o observador atento e paciente, os fatos se produzem em quantidade, porque ele descobre milhares de nuanças características que são, para ele, rasgos de luz. Assim o é nas ciências vulgares; enquanto que o homem superficial não vê numa flor senão uma forma elegante, o sábio nela descobre tesouros pelo pensamento. (...) Portanto, não nos enganemos, o estudo do Espiritismo é imenso, toca em todas as questões da metafísica e da ordem social, e é todo um mundo que se abre diante de nós (LE, p. 32. Grifo meu).
A frase acima parece elucidar que para Kardec não existiam “elementos estranhos”, uma vez que o seu espiritismo tocava em todas as questões metafísicas e sociais. Mas como hoje é diferente, faz se mister a existência da Espiritologia para estudar, de forma sistematizada, a possível ação dos Espíritos durante um atendimento de REIKI, por exemplo, esclarecendo, através da própria consulta aos Espíritos que atuam nessa prática espiritualista, como é que eles manipulam a “bioenergia” disponibilizada pelos atendentes e realizam as curas nos pacientes que possuem “merecimento”, construindo, assim, uma teoria diferente daquela vigente nos cursos de REIKI que afirma, até hoje, ser o desenho de um símbolo gráfico o responsável pelas “curas”.
E o fato de a Espiritologia ser capaz de criar uma teoria baseada no relato dos supostos Espíritos sobre o REIKI, não quer dizer que essa técnica precise ser praticada nos chamados “centros espíritas”, onde já se pratica o “passe”, que é, na essência, a mesma coisa.
Enfim, para não mais nos alongarmos sobre este assunto, recomendo aos interessados a leitura do primeiro livro desta coleção: “História Oral, Imaginário e Transcendentalismo: mitocrítica dos ensinamentos do espírito Pai Joaquim de Aruanda”. Nele, apresentamos um estudo mais completo do que entendemos por Espiritologia ou Ciências do Espírito e suas diferenças em relação ao Espiritismo.
Mas, o que, em geral, os supostos espíritos falam do REIKI? Para os Espíritos que foram entrevistados, o trabalho acontece graças ao trabalho de uma equipe de médicos desencarnados, preparados para esse trabalho socorrista e que é, sobretudo, através do amor incondicional que se forma um verdadeiro reikiano, independentemente do número de “sintonizações” que o mesmo faça. Quanto aos símbolos, os Espíritos ensinam que nenhuma serventia metafísica eles possuem, mas trazem valiosos ensinamentos morais baseados no Budismo e em outras filosofias orientais, além de servirem para dar confiança ao atendente ou estimular a Fé, através do emprego de símbolos gráficos, informação que não contraria o ensinamento da questão 653 de O Livro dos Espíritos, por exemplo.
E o tratamento seria realizado pela espiritualidade socorrista através do ectoplasma fornecido pelos reikianos. E todo o tratamento envolve a questão do “merecimento”, desfazendo as informações que apresentam o REIKI como uma terapia miraculosa capaz de curar todas as doenças físicas, mentais, emocionais e espirituais.
E como afirmou Kardec, no Livro dos Médiuns: “Muitas pessoas pensam que o Livro dos Espíritos esgotou a série de perguntas de moral e de filosofia; é um erro; por isso, é talvez útil indicar a fonte de onde se pode tirar assuntos de estudo por assim dizer, ilimitados. (...) O valor da instrução que se recebe sobre um assunto qualquer, moral, histórico, filosófico ou cientifico, depende inteiramente do estado do Espírito que se interroga; cabe a nós julgar”. E se ainda havia o que perguntar para os Espíritos no século XIX, o que dizer agora, no limiar do século XXI?
Assim, fazer perguntas sobre o REIKI aos Espíritos, mesmo sabendo que eles, em tese, não sabem tudo, pois, supostamente, são apenas as almas das pessoas que deixaram seu envoltório terrestre, não é desmerecer Kardec ou manchar a “pureza” doutrinária do Espiritismo como pensam alguns, mas compreender que a história é dinâmica e que os temas se atualizam, tanto os sociais como os metafísicos. E é por isso que se faz necessária a Espiritologia enquanto uma disciplina científica capaz de acompanhar tal processo e realizar estudos de História Oral com os supostos seres incorpóreos.

fé cega, fé racional e Fé

Muitas vezes nos deparamos com autores e palestrantes, das mais diferentes agremiações religiosas afirmando que há duas formas de fé: a cega e a racional. Porém, nenhuma das duas é realmente Fé, mas simulacros de Fé e, talvez por isso mesmo, precisem de adjetivos.
No caso da fé cega, é fácil percebê-la no discurso daqueles que pensam Deus como algo que vai realizar nossos desejos, como se fosse um "gênio da lâmpada". Essa fé cega aparece em vários movimentos esotéricos e em setores do movimento evangélico. São aqueles que dizem que se você pensar em um colar de diamantes o "universo" vai trazê-lo até você ou quando fica doente diz que não vai procurar um médico porque acredita que Deus vai curá-lo. Um outro exemplo de fé cega pode ser visto no motorista que diante de um alagamento da marginal Tietê, em São PAulo, diz que Deus vai fazer o carro atravessar e fica parado no meio, tendo o carro encoberto pela água. Estes são alguns exemplos de fé cega. Deus é um escravo disponível 24 horas para realizar nossos desejos, dos mais mesquinhos aos mais solidários, mas que continuam sendo os nossos desejos.
Porém, a fé racional, é o outro lado dessa moeda. É a fé de Tomé, que precisa ver para crer. Nem sempre é preciso ver, mas encontrar uma explicação racional para um fato desagradável como é comum em centros espiritistas onde é possível se consultar com "entidades". Nesses casos é comum encontrarmos pessoas que chegam bufando de raiva porque aconteceu algo desagradável e quando a "entidade" explica que em uma vida passada ela fez isso ou aquilo e por causa disso foi necessário passar por uma determinada vicissitude negativa, a pessoa entende racionalmente a situação e aceita, parando de sofrer ou de sentir raiva.
Como afirmei, essas duas formas acima de fé são simulacros da Fé, mas trazem, obviamente, elementos que permitem que se transforme em uma verdadeira entrega aos designios de Deus, compreendendo que nada acontece em nossa vida que não contenha a oportunidade de aprender, seja a paciência em uma situação desagradável ou não ficar eufórico em uma agradável. A Fé não necessita de crença ou de racionalização, é vivida intensamente, é uma entrega e uma confiança plena a essa força superior que nos guia e que não existe para satisfazer o nosso ego, mas para realizar o que precisamos vivenciar, seja negativa ou positivamente, dentro do parâmetro estreito do nosso ego. Assim, quando passamos por uma vicissitude negativa, não é preciso pensar que está colhendo o que plantou, mas quem tem Fé agradece sempre a Deus pela oportunidade de tirar algum proveito espiritual daquela situação, aprendendo a ser mais paciente, compreensivo, a perdoar ou mesmo que não se deve agir daquela forma, fazendo aos outros apenas aquilo que gostaríamos que os outros fizessem conosco, mas sem precisar lamentar, espernear etc. Em alguns casos é necessário ser enérgico, mas essencialmente amoroso, pois nem todos estão preparados para serem livres, porém responsáveis. Enfim, a Fé é um sentimento inerente ao espírito e quando desperto se transforma em uma energia de grande intensidade que transforma a vida cotidiana de quem a vivencia e que não cabe nos limites estreitos do ego ou de sua cegueira ou racionalidade.

Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com

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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nova etapa do curso práticas orientais de saúde

Prof. Yashiro

Na última terça-feira, dia 8 de novembro, o professor Yashiro, um renomado físico e atuante colaborador do projeto Homospiritualis, encerrou o curso Práticas Orientais de Saúde, abordando diferentes técnicas de massagem, meditação, visualizações criativas etc.
A partir do dia 22, os alunos começarão uma nova etapa, uma espécie de estágio, para colocar em prática o que aprenderam e, futuramente, servir à comunidade com mais este atendimento, somando com os demais: Tai-chi-chuan, Hatha-Yoga, Meditação, Apometria e atendimentos mediúnicos. 
Pessoas que quiserem receber atendimento como voluntário podem se inscrever através do e-mail: homospiritualis_br@hotmail.com. O estágio dos alunos acontecerá às terças-feiras, das 20 às 21 horas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Alunos da UATI presenteiam crianças no Antenor Garcia

As criaças que participam das atividades sócio-culturais no Núcleo Cultura Rosa de Nazaré receberam presentes dos alunos da Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI), no mês de outubro. Cada aluno escolheu uma criança e comprou um presente de acordo com o sexo e a idade da criança.

contação de histórias
preparação do lanche
hora do lanche
recebendo os presentes
recebendo os presentes
crianças que participam das atividades sócio-culturais
as mães em oficina de bijuteria
Seja você também voluntário(a) no Núcleo Cultural Rosa de Nazaré. A ONG, de 2006 a 2011, nunca recebeu recursos públicos. Todo o seu trabalho é mantido por voluntários. Aceitamos doações de gibis para a biblioteca. Outras informações com a Cida: cida_6@terra.com.br