sábado, 7 de janeiro de 2017

Chegou ao fim!


O Programa Homospiritualis, criado em setembro de 1999, encerra suas atividades. Ele foi criado para difundir os valores da cultura de paz no município de São Carlos e suas primeiras atividades foram um encontro de Dança Circular, no hotel indaiá, e uma jornada de jogos cooperativos, com Edinho Paraguassu, no começo do século XXI. Em seguida, em 2001, foi criado a Encantos da Lua onde o Programa Homospiritualis acontecia. Em 2003, com a criação da ONG Círculo de São Francisco, o programa passou a ser mantido pela ONG e passou a organizar as pesquisas que resultaram em mais de 30 livros, e também os encontros homospiritualis de educação e cultura para a paz e jornadas de educação e espiritualidade (anos pares) e de saúde e espiritualidade (anos ímpares). Em 2010, o Programa Homospiritualis passou a organizar o fórum permanente de educação, cultura de paz e tolerância religiosa que criou o observatório social da liberdade religiosa em São Carlos, em 2014.
Apesar de uma história muito significativa na valorização da cultura de paz e pela diversidade religiosa, chegou o momento de encerrar suas atividades.
São Carlos, dia 07 de janeiro de 2016 - dia de São Raimundo de Peñaforte

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A importância de Enrique Dussel e da "ecologia de saberes" no trabalho espiritualista da ONG Círculo de São Francisco

Um dos projetos mais instigantes realizados pela ONG Círculo de São Francisco, aconteceu entre os anos de 2005 e 2012, e resultou na edição de sete livros. O projeto foi denominado "Cultura de Paz e Mediunidade: imagens e imaginário do invisível". Ele foi realizado através das técnicas da história oral com dois grupos-sujeitos: 1 - com pessoas que se dizem médiuns, ou seja, que seriam capazes de intermediar um contato com o "mundo dos mortos", coletando informações sobre a experiência de vida, a fenomenologia mediúnica, o preconceito e o estigma vivenciado ao longo da vida pelo fato de serem médiuns e, 2 - com os supostos espíritos que estes médiuns davam "passagem" durante o transe mediúnico, coletando informações sobre diferentes religiões, a suposta vida no "outro lado da vida" etc. Com o material coletado nesse projeto foram editados, como salientado, sete livros. 
Esse trabalho foi realizado sob inspiração, de certa forma, do pensamento transmoderno do filósofo argentino Enrique Dussel que critica o eurocentrismo e procura valorizar uma relação horizontal entre as cosmovisões, construindo uma alteridade e uma ética libertária. Suas teorias sobre a "exterioridade" e a "analética", ou seja, o estar "face a face" com o outro em uma relação de respeito e de valorização da alteridade, foram importantes para realizar esse trabalho tão singular com um grupo social que, de certa forma, está excluído pela "razão hegemônica".
Neste trabalho procuramos entrevistar médiuns kardecistas (talvez os mais inclinados a um pensamento eurocêntrico), mas também médiuns atuantes na umbanda e também aqueles que atuam de forma independente em suas próprias casas, não seguindo nenhuma orientação doutrinária, mas apenas as orientações de seus "guias espirituais" e também aqueles que atuam dentro de um princípio de espiritualidade laica, como é a praticada na ONG Círculo de São Francisco. E entre os supostos espíritos entrevistados, também prevaleceu a visão "analética" dusseliana, sem nenhuma discriminação ou pré-conceitos que estabelecem uma hierarquia entre os "espíritos", como se existissem os "superiores" e os "inferiores". Assim, entrevistamos com o mesmo respeito supostos médicos kardecistas, mas também os pretos-velhos, os orientais, os indígenas, os exus e outros "seres incorpóreos" mais atuantes na umbanda.
Alguns destes livros podem ser acessados na forma de e-books através do link abaixo:
https://issuu.com/programahomospiritualis/docs
E essa possibilidade de se abrir para um horizonte novo, não eurocentrado foi, talvez, o grande mérito do projeto. Isso não significa desmerecer a produção do pensamento europeu, do qual estamos também inseridos, mas reconhecer como este pensamento muitas vezes legitima a destruição do Outro e desvaloriza outras formas de pensamento. A obra de Dussel, muito mais valorizada no campo das ciências das religiões e da teologia, tem muito a contribuir no meio espiritualista, por ser um pensador que traz uma perspectiva não-eurocêntrica e que busca superar o que Boaventura de Souza Santos chamou de "pensamento abissal", necessária para construir uma "ecologia dos saberes".

São Carlos, 04 de janeiro de 2016 - dia de Santa Angela de Foligno, uma das mais representativas franciscanas da idade média

sábado, 3 de dezembro de 2016

em uma semana mais de 300 acessos!

Há exatamente sete dias, começamos a divulgação do e-book baseado no relatório de pós-doutorado apresentado ao Departamento de Metodologia de Ensino, da UFSCar, na linha de pesquisa Práticas Sociais e Processos Educativos.
O E-book pode ser consultado ou ter copiado para o computador a partir de três locais na internet, podendo a pessoa escolher aquele que desejar: o ISSUU, o Scribd e o facebook.
No ISSUU é mais adequado para quem desejar ler na internet, pois o arquivo foi elaborado para facilitar a consulta nesse site. Ao abrir o arquivo no módulo tela cheia, ele fica no tamanho adequado para uma leitura agradável. O link para acessar é o seguinte:
https://issuu.com/programahomospiritualis/docs/meditacao-integrativa__2_
Por sua vez, quem deseja fazer o download do livro tem duas alternativas. No facebook, o arquivo se encontra na pasta Arquivos, acessível através do link: https://www.facebook.com/groups/176900859151358/files/ e, no scribd, para quem tem conta nele, o link é: https://pt.scribd.com/document/28529538/A-pratica-da-meditacao-integrativa-na-terceira-idade.
O livro tem 286 páginas e várias fotos relacionadas aos quinze anos de prática e cursos de Meditação Integrativa realizados em várias cidades brasileiras e de outros momentos da história do Programa Homospiritualis e da ONG Círculo de São Francisco.

domingo, 20 de novembro de 2016

Descartes e o cartesianismo


Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com

para meu amigo Moab José

Não é possível compreender a filosofia e o método científico proposto por René Descartes (1596-1650) sem compreender a estrutura metafísica de seu pensamento, o que aparece de forma mais evidente no texto Meditações (1641), mas também no Discurso do Método (1637).  E a suposta separação entre espírito e corpo, atribuída a Descartes, é real, pois ele defende que o espírito sobrevive à morte física, logo, seriam duas entidades distintas. Porém, durante a vida encarnada, afirma que o espírito que é indivisível se encontra tão misturado ao corpo, que seria divisível, que é praticamente impossível separar o que é de um e o que é de outro, abordando, inclusive, a influência dos estados emocionais, como a alegria e a tristeza, sobre o corpo físico, em seu estudo sobre as paixões (1649).
 As seis meditações nas quais coloca em prática o seu método de estudo são as seguintes:
Na apresentação  do texto,  ele apresenta seu objetivo: provar racionalmente a sobrevivência do espírito após a morte e a existência de Deus;
Na primeira, abordará as coisas que podem ser colocadas em dúvida, como as informações que nos vem pelos sentidos ou pela imaginação e que formam as opiniões de maneira geral;
Na segunda, a partir de seus argumentos racionais e metódicos, procura demonstrar que o espírito é independente do corpo e que o pensamento é o seu atributo;
Na terceira, aprofunda sua reflexão, rompendo com o solipsismo ao concluir que o mundo exterior ou material existe e que Deus existe, sendo o criador do universo e inclusive do ser humano;
Na quarta, partindo da premissa que Deus é perfeito e bom e não um enganador, abordará que o verdadeiro e o falso não é obra de Deus, mas do mal uso do livre-arbítrio pelo ser humano;
Na quinta, iniciará sua reflexão sobre o mundo material concluindo que a essência das coisas materiais foi instituída por  Deus e não pelo pensamento humano e, por fim,
Na sexta, conclui pela existência do mundo material e afirma que o espírito é independente do corpo, mas que não está alojado nele, mas incompreensivelmente unida a ele de tal forma que esta mistura confunde o divisível (que é o corpo) e o indivisível (que é o espírito).
Fica difícil defender que Descartes seria um solipsista, para quem o mundo material não teria existência ou objetividade, sendo apenas uma projeção da consciência. Ele não discute, pelo menos nos textos citados acima, a intersubjetividade, mas não se pode acusá-lo de solipsismo. Inclusive no texto sobre as paixões, ele apresenta argumentos fatalistas, algo que vai contra todo solipsismo. Descartes afirma que diante de dois caminhos, um mais perigoso que o outro, nossa razão nos pede para ir pelo menos perigoso. Porém, de acordo com o "decreto da providência", "se formos pelo caminho considerado mais seguro, seremos certamente roubados, e que, ao contrário, poderemos passar pelo outro sem qualquer perigo". Esse fatalismo entra em contradição com o pensamento solipsista.

O mundo como uma grande máquina
Essa metáfora é usada por Descartes para levar seu leitor a pensar na existência de Deus, ou glorificá-lo. Como escreveu em francês e não em latim, Descartes não parece preocupado em escrever para os doutos, mas para os leigos em filosofia e matemática. Nesse sentido, procurou usar uma metáfora que facilitasse a compreensão. Assim, ao mostrar para um operário um relógio e perguntar a ele quem o criou, este irá dizer, naturalmente, que foi um artífice.  Utilizando seu método para ir do particular para o geral, ao se referir ao Universo como uma "grande máquina perfeita", pretende que esse operário conclua racionalmente que se faz necessário por trás do universo a existência de um grande artífice, não sendo, portanto, o  fruto do acaso.
A metáfora, portanto, não visa pensar a terra como algo desprovido de vida ou de espiritualidade, como alguns de seus críticos afirmam, mas justamente o oposto. E como foi possível salientar no item anterior, não faz sentido também afirmar que Descartes cria o antropocentrismo onde o homem está no comando e não mais Deus. Se tal informação fosse verdadeira, não haveria o fatalismo que apresenta no estudo sobre as paixões.

A Europa em 1956, ano do nascimento de Descartes
Descartes cresceu em um momento histórico em que os países baixos buscavam se separar da Espanha, já existia conflitos entre católicos e protestantes, a América já tinha sido "descoberta" e estava sendo explorada por Portugal e Espanha, entre tantos outros. As companhias das Índias, por exemplo, que monopolizavam o controle de preços dos gêneros coloniais em toda a Europa foi criada em 1602, quando Descartes tinha apenas 6 anos de idade. Porém, muitos autores culpam Descartes pela dominação de outros povos pela Europa e até pelas crises sociais e ambientais contemporâneas. Uma das poucas luzes no fim desse túnel é o filósofo Gilles-Gaston Gramger, que na introdução do livro discurso do método (col. os pensadores) afirma que
a procura do lucro e da mecanização rude das relações entre os homens e das relações dos homens com o mundo não poderia evidentemente ser confundida com a filosofia de Descartes, exceto por uma espécie de grotesco mal-entendido.
Infelizmente, esse mal-entendido é generalizado hoje em dia. Mas é evidente que Descartes foi um homem de seu tempo, porém, sua filosofia parece muito mais voltada para uma possível "laicização do saber". Apesar de muito religioso, entra em conflito com o catolicismo medieval e com o ensino escolástico afirmando em uma carta que concebeu uma filosofia "de maneira que pudesse ser recebida em todo lugar, mesmo entre os turcos, sem ofender a ninguém". Assim, o seu método de pesquisa será diferente daquele adotado pelo "homem de letras" que, dentro de seu gabinete, faz especulações "que não lhe trazem nenhuma consequência senão talvez a de lhe proporcionarem tanto mais vaidade quanto mais distanciadas do senso comum." (discurso do método - parte I)

O método de Descartes
Ao invés do método escolástico, Descarte inicia seu estudo pelo "livro do mundo", aproveitando sua juventude e o dinheiro que herdou para viajar, entrando em contato com diferentes experiências humanas. A partir delas, demonstra respeito por outras opiniões e costumes, afirmando, por exemplo que "todos os que possuem sentimentos muito contrários aos nossos, nem por isso são bárbaros ou selvagens, mas que muitos usam, tanto ou mais do que nós, a razão". (discurso do método - parte I)
Nessa citação, podemos notar que o hábito de classificar o outro como "bárbaro" ou "selvagem" já estava interiorizado no discurso eurocêntrico da modernidade, não sendo, portanto, Descartes que o introduz na filosofia. Além disso, deixa evidente, que, para ele,  outros povos são capazes de usar tanto ou mais a razão do que o europeu.
Apesar desse respeito pela diversidade de opiniões e de experiências humanas, Descartes não encontra nelas a verdade que almejava, apenas verdades relativas, assim como não encontrou no ensino escolástico e na teologia do catolicismo. Decidido a construir seu próprio caminho para chegar a ela, formula um método. Em primeiro lugar, "jamais acolher alguma coisa como verdade", colocando-a em dúvida até que se apresente de forma clara e distinta ao espírito que a busca. Em segundo lugar, dividir cada uma das dificuldades que for examinada em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias para melhor resolvê-las (para Descartes o espírito é indivisível, ao contrário do corpo). Em terceiro, conduzir por ordem o pensamento, do mais simples aos mais compostos, supondo uma ordem entre eles. E, por fim, fazer enumerações o mais completas e revisões gerais, procurando nada omitir.
E é importante salientar que este método é prescrito para ele mesmo chegar o mais perto possível da verdade, que para ele, como aponta na introdução das "meditações" é provar racionalmente a sobrevivência do espírito após a morte e a existência de Deus. Ele não faz do seu método um caminho para dominar o mundo, ou dominar outros povos, mas pura e simplesmente, se "instruir". E, após elaborar o seu método, afirma que "em todos os nove anos seguintes, não fiz outra coisa senão rolar pelo mundo, daqui para ali, procurando ser mais espectador do que ator em todas as comédias que nele se representam." (discurso do método - terceira parte).
Essa citação evidencia que Descartes, apesar da origem burguesa e da não necessidade de trabalhar para viver, pode ser um contemplador do mundo. E, da mesma forma que foi um leitor de Santo Agostinho, mesmo não o citando em seus textos, ouso levantar a hipótese que ele conhecia também a psicosofia presente em livros como a Baghavad Gita ou outro texto védico, pois demonstra um desinteresse pela vida material similar a de um hinduista.

Seria Descartes cartesiano?
"embora tenha muitas vezes  explicado algumas de minhas opiniões a pessoas de ótimo espírito, e, enquanto eu lhes falava, pareciam entendê-las mui distintamente, todavia, quando as repetiam, notei que quase sempre as mudavam de tal sorte que não mais podia confessá-las como minhas. A esse propósito, muito estimo pedir aqui, aos nossos vindouros, que jamais creiam nas coisas que lhes forem apresentadas como vindas de mim, se eu próprio não as tiver divulgado. " (discurso do método - sexta parte)
Da mesma forma que Marx não se considerava um marxista, é provável que Descartes não se considerava um cartesiano, pelo menos, segundo o que se escreve e fala sobre ele. A seguir apresento algumas frases sobre Descartes retiradas aleatoriamente da internet que parecem contradizer o olhar contemplativo e estoico desse filósofo que conheceu a efervescência sociocultural e política da Europa no final do século XVI e primeira metade do século XVII, mas que procurou manter-se distante dela:
"Assim Descartes inaugura com o ego cogito, o pensamento moderno, humanista e antropocêntrico, no sentido de que o homem está no comando e não mais Deus ou o cosmos."
"A mente cartesiana é egocêntrica e quando pensa no outro sua avaliação é sempre sobre a vantagem que poderá obter da situação. "
"Para Capra  o ponto de vista cartesiano desempenhou uma forte pressão para o atual desequilíbrio cultural por qual passa a humanidade".

"A divisão de Descartes entre matéria e mente (res cogitans e res extensa) tornou a concepção de universo nada além do que uma máquina, desprovida de propósito, vida ou espiritualidade".
"os principais problemas sociais e ambientais da atualidade, como violência, poluição, crise energética e de assistência à saúde são consequências dessa visão de mundo cartesiana, que nos últimos trezentos anos privilegiou padrões dominantes de poder, fragmentação, controle e competição em nossa sociedade ocidental.

seria o pensamento cartesiano, de fato,  a matriz do pensamento moderno?
Como salientamos, quando Descartes nasceu, a modernidade já tinha mais de cem anos de idade e os fatos atribuídos a ele já estavam em andamento no mundo (dominação de outros povos, dominação da natureza, conflitos sociais etc.). E, apesar disso, seu discurso filosófico é metafísico: o espírito e Deus são os seus principais objetos de reflexão. E em nenhum momento é o Deus católico que ele coloca como sendo o verdadeiro e que este deve ser imposto a outros povos. Enfim, o que se costuma ser atribuído a Descartes está muito mais presente nesta citação famosa de Ruldof Carnap (1891-1970), conhecido como um filósofo neopositivista: "a questão do Absoluto é um problema falso ou aparente que não merece o valor da nossa atenção. A filosofia só se deveria ocupar com aquilo que fosse perceptível aos nossos sentidos ― tudo aquilo que está para além da objetividade seria catalogado como 'absurdo'. Só não seria absurdo aquilo que se pudesse medir, que fosse mensurável."


São Carlos, 20 de novembro de 2016 - dia de Santo Edmundo que, apesar de sempre atacado e ter sido condenado à morte, permaneceu fiel à justiça e a sua fé.

sábado, 1 de outubro de 2016

candidato Flávio Lazzarotto, do PSOL, responde aos questionamentos do Programa Homospiritualis

Em 2012, o Programa Homospiritualis elaborou um questionário com várias perguntas aos candidatos à prefeitura. Somente o candidato Flávio Lazzarotto respondeu. Neste ano, novas questões foram formuladas aos candidatos à prefeitura e também à câmara dos vereadores. E mais uma vez ele respondeu, agora na condição de candidato à vereador. Confira aqui as questões e as respostas do candidato:

TEMA 1 - gestação e primeiríssima infância A questão da maternidade e da paternidade é de fundamental importância para os primeiros anos do bebê, refletindo diretamente em sua vida adulta. Dentro dessa perspectiva, o que acha das seguintes propostas?

01 - um mês de licença paternidade para os servidores municipais para que possam acompanhar de perto os primeiros dias de seus filhos/as.

02 - um ano de licença maternidade para as servidoras municipais para que possam amamentar por muito mais tempo, uma vez que o recomendado é que até os 2 anos de vida a criança possa usufruir os benefícios do leite materno.

Resposta 1 e 2 – É claro que concordo com a ideia, porem seria necessário fazer um levantado das condições das financeiras do município para ter a real possibilidade de pensarmos neste avanço necessário. Uma segunda opção seria também o cumprimento do disposto na lei e o restante do período aqui colocado o servidor trabalhar com o horário reduzido.


03 - estímulo e investimento para melhorar o parto normal humanizado no SUS a fim de diminuir de forma significativa o número de cesarianas, valorizando o tempo do bebê no nascimento, de uma forma menos traumática para a mãe e para a criança.

Total apoio. Pouquíssimo investimento para um resultado extremamente importante para a recuperação da mãe e para o desenvolvimento do filho.

 04 - combater de forma eficaz o planinho (plano para cesariana) que ocorre clandestinamente na cidade, que obriga várias famílias a pagar para que a cesariana aconteça no SUS.

Total apoio. Isso só poderá acontecer em um governo que tenha realmente um canal aberto com a população, mas este canal deve ser amplamente divulgado.


05 - campanha contra a violência obstétrica e adoção de programa de práticas integrativas e complementares com grupos de gestantes, sobretudo, na periferia, onde se encontra as mulheres com mais dificuldade de acesso a atividades como meditação, massagem, yoga e outras que, comprovadamente, ajudam durante a gestação.

O PSOL todo movimento que contribui para o avanço do ser humano e contra o sistema que prioritariamente prevê o lucro e entendemos que a cesariana foi disseminada pensando no lucro, diferente do parto natural. Assim, poderíamos investir muito mais em atividades que realmente a gestação.

06 - programa de amparo a gestante que deseja cometer aborto, dando a ela suporte psicológico e social durante a gestação e, caso ela não quiser a criança, ajudar no processo de doação, combatendo os abortos clandestinos.

Acredito que este programa somente emplacaria caso conseguíssemos alterar a legislação federal sobre o aborto como o PSOL defende, pois ficaria difícil uma mulher procurar tal programa e admitir que pretende cometer um crime. De toda forma este projeto o PSOL já defende e eu concordo plenamente, pois salva muito mais vidas do que a proibição do aborto.

TEMA 02 - valorização dos servidores municipais Nos últimos anos, pouco se investiu na capacitação do servidor público municipal, criando uma desmotivação crescente. Para mudar esse processo, o que sua coligação pensa das seguintes propostas?

07 - Um plano de redução gradativa da jornada de trabalho para 30 horas, sem redução de salários e benefícios, para todas as categorias. Com organização e racionalização do trabalho é possível melhorar o atendimento ao público, dedicando menos horas de serviço, de forma que a pessoa possa ter mais tempo para lazer, cultura, envolver-se com a família etc.

O PSOL defende nacionalmente a redução da carga horária sem redução dos salários pelos motivos acima descritos e também para criação de novos empregos. Na semana passada postei em minha página uma mensagem defendendo a redução da carga horária dos profissionais da enfermagem, por ser um trabalho muito estressante.

08 - realizar cursos de capacitação no horário do expediente. A grande reclamação dos servidores é que os cursos de capacitação oferecidos pela Escola Municipal de Governo ou outros programas é que são realizados fora do horário de expediente, quando já se encontram cansados.

Realizar cursos de capacitação e que seja divulgado para todos que pretenderem fazer os cursos e não direcionados como tem acontecido até mesmo dentro da Câmara municipal.

09 - redução drástica do número de cargos de confiança, priorizando os funcionários concursados, acabando com o uso político presente em vários setores.

Não só concordo como já propus que vereadores não devem aceitar indicação de cargos de confiança na prefeitura, isso é uma forma de corrupção, pois terá que votar como o prefeito manda.

10 - retomada da discussão do plano de carreira, interrompido em 2013 com a atual gestão municipal.
O pano de carreira é essencial para o servidor ficar motivado em seu trabalho e é claro, ter melhores condições financeiras com o passar dos anos.

TEMA 03 - educação
Um dos servidores que mais sofrem com a chamada síndrome de burnout e outras enfermidades causadas pelo estresse do trabalho são os professores. Além disso, outras questões envolvem a educação. As propostas abaixo visam amenizar esses problemas. Qual sua opinião à respeito?

11 - fornecer merenda com qualidade nutricional, incentivando a agricultura orgânica no município e inserir pratos vegetarianos e veganos na alimentação, cortando o uso de salsichas e outros produtos industrializados comprovadamente inadequados à saúde humana.

Concordo que os alimentos industrializados devem ser retirados dos cardápios das escola e com o tempo de todas as mesas e que haja ao menos um opção diária, não somente para os já vegetarianos ou veganos, mas também para os que pretendam conhecer esta alimentação.

12 - investir em um programa de educação em tempo integral nas escolas municipais

Sou advogado da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e tenho conhecimento do que os professores sofre com o atual sistema de ensino. Hoje mesmo conversei com um pai que conseguiu uma vaga em escola integral e não sabe como seria sua vida se assim não fosse a escola da filha, pois é separado, ficou com a filha e seus pais estão doentes, não poderiam ficar com a neta. Só assim ele consegue manter seu emprego e uma garantia de que a filha está em boas mãos. Aula em período integral, alem de dar tranquilidade para os pais trabalharem ainda dá melhores condições de aprendizagem às crianças, quando oferecidas as condições de acesso à música, canto, dança, cinema, esporte etc.

13 - estudar a proposta de implantar um "decênio" para os professores da rede municipal de forma que, a cada 10 anos de trabalho como professor, o mesmo possa ter uma redução na jornada de trabalho em sala de aula em 20 %. Assim, um professor com carga-horária de 40 horas, após 10 anos, passaria a trabalhar 32 horas, tendo 8 para se capacitar, estudar uma língua estrangeira, escrever um livro, etc. E com 20 anos de trabalho, sua jornada em sala de aula cairia para 24 horas, sem alteração no salário e benefícios, permitindo-lhe tempo para realizar outras atividades educativas e culturais que, de alguma forma revertem na melhoria da qualidade do ensino.

Seria um sonho, um projeto ambicioso para o desenvolvimento do ser humano, mas que poderia ser estudado com seriedade, no entanto, vejo que tal sonho somente teria espaço depois que o município tivesse colocado em dia outras prioridades.

14 - HTPC correspondente a 30 % da jornada de trabalho. A Lei Federal já não coloca isso como obrigação? E acredito que o município já cumpre, exceto a FESC, que também deveria cumprir, mas que neste governo retirou o pouco de HTPC que tinha.

15 - Eleição direta para escolha da direção das escolas

O PSOL sempre defendeu tal projeto.

16 - redução do número de alunos por sala de aula, de forma gradual, até que seja de, no máximo, 20 alunos por sala de aula.

Em um governo do PSOL tal projeto com certeza receberia o apoio.

TEMA 04 – FESC
Quando os cursos de graduação em Educação Física e de Biblioteconomia foram para a UFSCar, a FESC, um dos principais patrimônios sociais do município, criou a Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI), em uma iniciativa inédita no Brasil, pois foi a primeira prefeitura a fazer um programa similar aos existentes em algumas universidades públicas ou privadas. Porém, durante as gestações do PT, a FESC criou novos serviços sem que houvesse o aumento proporcional nas receitas da FESC. E, na última gestão, a qualidade dos serviços diminuiu de forma significativa devido, sobretudo, a pouca receita para se investir nos programas educativos. Para reverter essa situação, elencamos as seguintes propostas. Qual sua opinião?

16 - garantir aos educadores da FESC direitos que os professores da rede possuem.

Inclusive o HTPC de 30% e investir o que se gasta com cargos de confiança nos próprios professores, afinal a FESC possui mais cargos de confiança do que concursados se pensarmos apenas nos cargos administrativos.

17 - autonomia da TVE, passando-a para a secretaria de comunicação que arcaria com os seus custos.

 Autonomia e maior investimento, inclusive na divulgação da programação, pois quase a totalidade da população não tem sequer conhecimento da existência da TVE e muito menos acesso a mesma.

18 - O PID e a UNIT, por serem atividades que possuem além do caráter educativo, também o de capacitar o cidadão para o mercado de trabalho, passariam a ser realizados com recursos da secretaria de emprego e renda. A FESC poderia sediar os programas, mas que seriam administrados por esta outra secretaria, dentro de seu orçamento.

Sem dúvida o Programa de inclusão Digital é de extrema importância e poderia ser extensivos a capacitação, pois é notório que hoje dificilmente encontramos uma profissão que não exija um pouco de conhecimento digital. Já a Universidade Aberta do Trabalhador entendo que já tem um caráter de capacitação, só não tenho conhecimento do alcance dos curso, então acredito que se ligada a Secretaria de Emprego e Renda esses cursos teriam mais facilidade de acesso pelos cidadãos.

19 - A UAB, da mesma forma, passaria a ser mantida com recursos da secretaria de educação.

Acredito que se a Universidade Aberta do Brasil fosse mantida pela Secretaria de Educação teria melhores condições de buscar mais verbas federais. Mas não tenho grande conhecimento do funcionamento administrativo da UAB.

20 - No caso da piscina, pelo seu alto custo de manutenção, passaria a ser mantida pela secretaria de esportes e lazer.

Não tenho conhecimento das verbas destinadas à esta Secretaria, pelo que sei são sempre muito baixas, então teria que ser revista tal verba ou a piscina poderia sofrer ainda mais.

21 - A FESC, dentro dessa nova proposta, daria prioridade à UATI, que foi muito prejudicada nos últimos anos, caindo de forma drástica a qualidade do serviço oferecido ao idoso sãocarlense e também, a EMG, possibilitando ampliar o trabalho de qualificação do servidor municipal e levar seus programas para os bairros, sobretudo, os mais periféricos.

22 - Estudar a possibilidade de implantar dois novos programas: a Escola Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, que passaria a planejar projetos de educação ambiental em todo o município e a Escola Municipal de Direitos Humanos e Cultura de Paz, com o objetivo de criar atividades e projetos para implantação na rede pública e em outros espaços (bibliotecas, museus etc.) estimulando a cultura de paz e valorizar os Direitos Humanos na cidade.

O estudo de novos planos é sempre necessário e deve ser acolhido pelos governos com seriedade.

23 - levar os serviços da FESC para Água Vermelha, Santa Eudóxia, Cidade Aracy e Santa Felícia através de projetos especiais.

Com maior prioridade aos três primeiros lugares mencionados que são extremamente carentes de investimentos, enquanto que o Santa Felícia já possui um campus próximo, no Santa Paula.

TEMA 05 - Saúde
Apesar de consumir cerca de 30 % do orçamento, pouco se investe em prevenção. Qual a sua opinião em relação às propostas abaixo?

 24 - Com o apoio de vários grupos sociais, e já aprovado pelo conselho municipal de saúde, inserir no município uma política de práticas integrativas e complementares no SUS, de forma que os cidadãos, sobretudo, os de baixa renda possam ter acesso a práticas que comprovadamente melhoram a qualidade de vida, mas que são ainda muito caras e cujo acesso fica restrito a uma parcela pequena da população.

Por esse motivo que o PSOL é extremamente a favor de que o Estado deve proporcionar os serviços essenciais, só assim a população de baixa renda terá acesso à essas práticas para melhores condições de saúde.

22 - Elaborar um plano de entrega de remédios de uso continuo na casa do cidadão com mais de 60 anos de idade, cadastrado no sistema e que mensalmente precisa locomover até as farmácias, diminuindo a fila nesses locais.

Incluiria neste plano também as pessoas com necessidades especiais.

 25 - Elaborar um programa de atendimento domiciliar de pessoas idosas para coleta de sangue, tirar pressão e outros exames mais simples, facilitando a vida dessa parcela da população que, a cada seis meses, enfrenta as filas nos postos para esses tipos de exame.

Sim, e novamente incluiria neste plano também as pessoas com necessidades especiais.

26 - Criar um programa para reagendamento automático de consultas para pessoas com doenças crônicas, de forma que ela não precise ir até o posto todo semestre para ver se já pode agendar sua consulta.

Sim, em visita ao CEME encontramos duas filas enormes as 6h da manhã, uma para agendar e outra para reagendar. Não tem qualquer sentido nos dias de hoje exigir das pessoas tamanho esforço para uma atendimento médico ou exames.

27 - transformar a semana da fitoterapia, um evento anual já aprovado no calendário de eventos, na semana das Práticas Integrativas e Complementares (PIC), estimulando o uso e difundindo o benefício dessas práticas.

Me comprometo na defesa.

TEMA 06 - cidadania 28
criar o conselho municipal da diversidade religiosa e combater todo tipo de discriminação por motivos religiosos, reivindicação de vários grupos religiosos do município.

Já estive na Câmara de Vereadores defendendo a criação do conselho municipal da diversidade religiosa e continuo defendendo.

29 - vetar o uso de recursos públicos para eventos que promovam uma religião específica.

Concordo.

30 - transformar a semana do evangélico, um evento que vai de encontro ao estado laico na semana da liberdade e da diversidade religiosa, promovendo atividades que aproximem todas as religiões e combatam a intolerância religiosa.

Concordo e defenderia com propriedade, inclusive que se deixe de ler a bíblia no inicio das sessões na Câmara.

TEMA 7 - bibliotecas e cultural

31 - aumentar o horário de funcionamento das bibliotecas, abrindo à noite e também nos finais de semana, criando programas que estimulem o uso das mesmas.
Concordo e apoio. Também para o auditório da biblioteca municipal, que é aberto ao público para reuniões e encontros e poucas pessoas têm o conhecimento, mas isso acontece apenas até as 17h, de segunda a sexta.

32 - criar uma política de aquisição de livros para renovação do acervo.

Apoio.

33 - criar um programa de biblioteca circulante (através de um ônibus ou outro, circulando pelo município), com a realização de atividades culturais em praças e outros locais, estimulando a leitura.

 Apoio, pois todo projeto nesse sentido é sempre muito bem recebido pela população, por mais que muitos defendam que o livro já não é procurado.

34 - criação de atividades de estimulo à criação de textos (poesias, crônicas etc.), através de concursos, saraus etc.

Apoio e m conjunto com a proposta anterior.

35 - atividades de valorização dos escritores nascidos e residentes em São Carlos, com atividades em escolas municipais e em bibliotecas como batepapos, lançamentos de livros etc.

Sim, sei o quando é importante o contato direto com o candidato e isso também atrai muito mais quando se coloca o escritor ou autor de obras em contato direto com seu público.

36 - retomar a política dos pontos de cultura, democratizando o acesso à produção e fruição da cultura produzida no município.

Essa é uma das propostas defendida pelo PSOL.

37 - criação da secretaria municipal de cultura.

Simmmmmm

38 - revitalizar o mercado municipal, tornando-o mais atraente do ponto de vista estético (painéis coloridos e frases motivacionais. O mesmo para as escolas e postos de saúde), favorecendo a ação e a difusão cultural.

Com grafites, principalmente nas escolas.

39 - destinação de 1 % do orçamento para a cultura.

 Simmmm

 40 - programa municipal de estimulo a produção artística e cultural, estimulando a produção de grupos de teatro, dança, música, literatura etc. Os grupos premiados se apresentariam no teatro municipal, em escolas municipais, em bibliotecas e outros espaços públicos.

Sim, trocar as contratações de grupos que custam muito caro e utilizar este dinheiro para programações durante o ano todo

domingo, 25 de setembro de 2016

IV Jornada de Educação e Espiritualidade de São Carlos

A IV Jornada de Educação e Espiritualidade de São Carlos aconteceu neste sábado, dia 24 de setembro, no auditório do departamento de enfermagem, na UFSCar. O evento é organizado pelo Programa Homospiritualis, mantido pela ONG Círculo de São Francisco, desde 2010, nos anos pares. Em sua quarta edição, o evento teve como parceiros o projeto MAPEPS e o Grupo de Estudos em bem-estar, ambos da UFSCar, e a aprovação do Conselho de Extensão da mesma instituição.
Nessa jornada, a programação teve quatro palestras e a apresentação de nove pôsteres, apresentando diferentes trabalhos relacionando educação e espiritualidade. A atividade cultural de encerramento foi com o monólogo Madre Teresa de Calcutá, com o grupo de teatro Carcarah, da cidade de Santos.






domingo, 11 de setembro de 2016

I Congresso internacional Epistemologias do Sul

Em novembro acontecerá o I Congresso Internacional Epistemologias do Sul na Universidade Federal da Integração Latino-americana. Segue o link para mais informações sobre o evento: https://congressoepistemologiasdosul.wordpress.com/ 
Enviamos para análise o seguinte trabalho, abordando nossa concepção teórica sobre o Homo spiritualis.

O despertar do Homo spiritualis no mundo contemporâneo: o terceiro excluído na dicotomia Homo religiosus X Homo profanus
Adilson Marques - professor visitante e pós-doutorando na UFSCar, na linha de pesquisa práticas sociais e processos educativos


resumo:
Partindo do pressuposto que no mundo contemporâneo há um recrudescimento do sagrado, revalorizando o Homo religiosus estudado por Mircea ELIADE, sem que, necessariamente, o Homo profanus perca espaço na sociedade, levantamos a hipótese de que há um terceiro modo de ser no mundo, que não nega o valor da busca espiritual e nem da cientificidade, de forma que começa a se consolidar um terceiro excluído na dicotomia clássica proposta por ELIADE. Chamaremos este modo de ser no mundo de Homo spiritualis. Este não se trata de uma síntese entre os dois anteriores, mas é capaz de religar os dois polos aqui demarcados através de um imaginário que podemos chamar de dramático, utilizando a nomenclatura proposta por Gilbert DURAND.
De forma geral, podemos afirmar que os três modos de ser sempre existiram na história, porém, em cada período com o predomínio de um sobre os demais. Assim, como fez ELIADE, é possível fazer uma correlação entre as sociedades não-modernas e o Homo religiosus e encontrar na modernidade o crescimento e o predomínio do Homo profanus.  E não defendendo a tese de que o Homo spiritualis seja um modo de ser original, pois podemos encontrar vestígios dele em vários momentos históricos, pode se afirmar que ele começa a ganhar visibilidade na "pós-modernidade" ou "trans-modernidade", caracterizando-se por uma busca espiritual muitas vezes despida de religiosidade, mas com forte presença de um ideal laico, ou seja, de respeito a todas as formas de religiosidade, e vendo na ciência uma aliada.
Não encontramos, porém, relação entre o despertar do Homo spiritualis e o movimento capitalístico Nova Era, voltado muito mais para o estabelecimento de um comércio espiritual que foi bem identificado por ZAJDSZNAYDER como sendo um movimento não-espiritualista e até mesmo anti-espiritualista. Ele está fortemente arraigado no chamado "misticismo quântico", talvez o ápice do movimento Nova Era e que  revaloriza o pensamento solipsista, afirmando que a matéria não passa de uma projeção mental e que, através da mente é possível adquirir prosperidade e até mesmo mudar de sexo, como afirma um suposto ser incorpóreo identificado como Saint Germain em um de seus livros "canalizados" no qual transmite a informação de que seria possível pelo poder da mente "dormir no corpo de um homem negro africano e acordar no corpo de uma mulher loira e alemã". 
No campo da educação popular, encontramos no trabalho realizado pela ONG Círculo de São Francisco, na cidade de São Carlos/SP, uma tentativa de valorizar e auxiliar no despertar do Homo spiritualis através de diferentes projetos de anima-ação cultural, valorizando a busca espiritual e a ciência, além de respeitar todas as formas de religiosidade, como deve acontecer em um estado laico, no qual o fanatismo e a intolerância cedem lugar para uma cultura de paz.

palavras-chaves:
Homo spiritualis, imaginário, cultura de paz, Mircea Eliade, ONG Círculo de São Francisco.