sábado, 25 de abril de 2015

Inserindo o qualitum na relação ciência e espiritualidade


Mahatma Gandhi, entre suas famosas frases, afirmou: "o amor de um é capaz de neutralizar o ódio de milhões". Provavelmente, essa afirmação é verdadeira. Há indícios que o amor seja uma força muito mais  poderosa que o ódio, mas não temos como medir se um quantum de amor corresponde, exatamente, a um milhão de quanta de ódio (lembrando que a palavra latina quanta significa o plural de quantum, expressão usada por Planck, em 1900, para identificar a menor quantidade de energia emitida, propagada ou absorvida por um corpo material). O amor, portanto, é uma força poderosa, mas não é quântica. Podemos dizer, para inserir essa força em uma reflexão acadêmica, que o amor é o principal qualitum existente no Universo e esta força de alguma forma age sobre o mundo material e sobre o mundo psíquico podendo gerar enfermidades físicas, emocionais, mentais, sociais e ambientais (quando se encontra ausente) ou restabelecer a saúde (quando ela se faz presente).
Mas o amor não é o único qualitum que se manifesta neste processo. Outras forças se somam a ela. A felicidade,  a fé, a humildade, a equanimidade, a paz interior etc. são qualita (plural de qualitum) que ao se manifestarem na vida cotidiana de uma pessoa, propiciam transformações energéticas significativas que são sentidas de dentro para fora. 
O erro, porém, é confundir a força de um qualitum com o campo de estudo da física quântica. Nenhum dos qualita apresentados acima tem como ser quantizado. Existe, obviamente, uma maneira de interação entre o sistema material estudado pela física quântica (mundo atômico e sub-atômico), pela física newtoniana (mundo macroscópico) e pela teoria da relatividade (fenômenos que ocorrem numa velocidade próxima a da luz)  com o mundo dos qualita, uma vez que estes parecem vitalizar os elementos materiais (como as células, por exemplo), mesmo que não haja evidências que essa força tenha alguma influência na organização do mundo atômico.
Porém, da mesma forma que a mecânica newtoniana não foi capaz de explicar os fenômenos na escala atômica e nem na escala  próxima à velocidade da luz, se fazendo necessário novos métodos de pesquisa e confecção de novas teorias que resultaram na física quântica e na teoria da relatividade, o pressuposto da existência do qualitum e a evidência que sua força é capaz de trazer bem-estar, serenar a mente e as emoções e, em certos casos, afetar o corpo físico, nos leva a pensar na necessidade de pensar em uma nova abordagem capaz de iniciar um outro campo de estudo, seja uma física ou uma medicina qualítica, capaz de estabelecer como campo de estudo a ação dos qualita na saúde integral, compreendendo que este estudo vai além do campo da física quântica e, sobretudo, que não se deixe contaminar com o misticismo e o charlatanismo idealista. 

São Carlos, 25 de abril de 2015.

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