sexta-feira, 15 de junho de 2012

O carma segundo a animagogia




Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com


A partir de hoje vou iniciar uma série de artigos abordando diferentes temas espiritualistas a partir do olhar da Animagogia, uma proposta de educação espiritualista que, em 2013, completará 10 anos de existência e, por isso mesmo, ainda pouco conhecida.
No que se refere a lei do carma, chamada pelos espiritistas de lei de causa e efeito, a Animagogia tem uma visão singular, compreendendo que o carma se adquire pela intencionalidade de cometer um ou outro ato e não pelo ato em si, uma vez que ele já seria uma consequência do carma.
Vou exemplificar um pouco mais a questão tomando como ponto de partida duas possíveis existências que tive no século XVI e XVIII. Há fortes indícios que no século XVI eu vivi a personalidade de um bispo, na França, e que perseguia os inimigos da igreja católica, combatendo ferrenhamente o movimento protestante que se iniciava na Europa. Por sua vez, no século XVIII, há grande probabilidade de eu ter vivido a personalidade de um filósofo, na Prússia, que escreveu vários livros, um deles ironizando e tratando a mediunidade como loucura. Enfim, caso essas duas experiências encarnatórias se confirmem, temos uma forte evidência de como a lei do carma atua. No caso, em função dos débitos com as leis espirituais, na atual encarnação tenho a necessidade de trabalhar pela diversidade religiosa e pela valorização positiva da mediunidade. Ou seja, o espírito, ao tomar consciência de ter atentado contra as leis superiores, tende a se arrepender e deseja, ardentemente, se redimir deste erro. E o mesmo acontece em todos os setores da experiência humana. Não é por acaso que há pessoas que sentem uma forte necessidade de lutar em favor dos negros, das mulheres, dos idosos, do meio ambiente etc. Quase sempre, o que motiva essa necessidade é a "culpa no cartório". Aquele que perseguiu negros, mulheres, idosos ou que destruiu o meio ambiente em vidas passadas, quando se arrependem passam a demonstrar uma necessidade de corrigir este erro. Outros, que ainda não adquiriam a consciência de terem se comprometido com a lei que diz  "faça ao outro o que gostaria que o outro fizesse com você", precisarão viver na pele o que fizeram o outro passar. Assim, como uma espécie de "olho por olho, dente por dente", vão vivenciar uma experiência similar, mas a partir do lado da vítima. Assim, vão ver como é que se vive sendo alvo de preconceito, de exclusão etc.
Para a Animagogia é possível se libertar da lei inexorável do carma e também da roda das encarnações. Mas só há duas vias: o suor do amor, fazendo o contrário do que fez no passado; ou a lágrima da dor, sentindo na pele o que já fez os outros sofrerem. A lei do carma é a base oculta desse iceberg chamado vida.

São Carlos, 15 de junho de 2012.

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