terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Robertinho Mori, segundo da direita para a esquerda, na
sede do Projeto Homospiritualis
Em 2007, o ex-ministro da cultura, Gilberto Gil, aprovou a lei criando o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Em São Carlos, desde 2010, o Projeto Homospiritualis realiza neste dia o encontro do Fórum Permanente de Educação, Cultura de Paz e Tolerância Religiosa.
A partir de 2013 passou a homenagear pessoas que na cidade de São Carlos se destacaram, no ano anterior, na defesa e promoção do estado laico e pela garantia da liberdade de expressão religiosa. O primeiro homenageado foi o ex-vereador Robertinho Mori (PV) que, em 2012, com seus assessores, elaborou e apresentou o projeto de lei que visava criar na cidade o Conselho Municipal da Diversidade Religiosa. Infelizmente, o projeto foi derrotado por 6 votos a 4, graças a pressão de grupos religiosos que, frequentemente, praticam a intolerância em seus cultos e em pregações na TV. O estado laico sofre constantes ameças devido ao fanatismo de alguns grupos e em São Carlos a situação não é diferente. E como demonstram várias pesquisas acadêmicas, as vítimas da intolerância religiosa são os adeptos dos cultos afro-brasileiros e também os ateus e agnósticos. O Conselho, caso fosse aprovado, seria um instrumento democrático para garantir este direito básico fundamental assegurado pela Constituição Brasileira. Um dos argumentos para se votar contra o Conselho foi que não daria para se ter representantes de todas as religiões existentes hoje em dia. Esse foi um argumento falacioso, uma vez que o Conselho nem precisa ter religiosos, mas pessoas capacitadas para atuar na defesa dos direitos humanos, representando o poder público e a sociedade civil.
Ontem, no dia 21 de Janeiro, o ex-vereador Robertinho Mori esteve no Projeto Homospiritualis para receber esta homenagem.

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