sábado, 22 de outubro de 2011

Por que nem todos os espiritistas acreditam no poder da mente?

Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com

Recentemente, em uma palestra sobre o "poder da mente" para uma platéia diversificada fui questionado se acreditava na força da mente para mudar nosso DNA. E eu respondi que sim, para quem acredita; a pessoa que não acredita não vai conseguir mudar seu DNA com a mente. Sua crença bloqueia essa possibilidade.
Nesse momento, uma mulher pediu a palavra e disse que era espírita e que isso era impossível. Ela disse que acreditava em doenças com fundo espiritual, ou seja, obsessão. Assim, quando o espírito era afastado em trabalhos sérios realizados em centros espíritas, a saúde do enfermo voltaria. No caso, o DNA era matéria e não era possível mudar uma programação genética herdada.
Eu respondi a ela o que já havia dito anteriormente.
- Sim, como você não acredita, nunca vai conseguir curar uma enfermidade física em seu corpo com o poder da mente. É um bloqueio mental que você criou. É a sua crença e como você acredita nisso não há problema; mas quem acredita que a matéria não passa de energia e que a essência do DNA também é energia e a força mental pode modificar essa energia, refletindo posteriormente em uma nova organização material é capaz de tratar várias enfermidades, inclusive aquelas que estariam pré-programadas geneticamente. Eu acredito que a genética também é fruto do livre arbítrio do espírito. Em função do gênero de provas que ele pediu ou da necessidade de expiação, a energia espiritual vai estruturar uma formação genética. Esta vai ter um peso importante na vida encarnada desse espírito, mas não vai determinar nada. Se o espírito, após a encarnação ou humanização, como prefiro dizer, for mais forte que a matéria ele vai transformá-la. Se ele cair naquela do "deixa a vida me levar" aí a matéria será mais forte que ele e esta programação genética vai predominar na vida dele. Ou seja, a matéria será mais forte que o espirito.
Nesse momento tive uma intuição e falei para a platéia:
- Apesar dos chamados "espíritos superiores" não falarem que precisamos sofrer para sermos felizes apenas no futuro, por exemplo, em outra encarnação, essa concepção é muito forte entre os espíritas. Talvez por influência do catolicismo ou de outros movimentos é comum lermos textos ou assistirmos palestras de espiritistas afirmando que não temos com ser felizes hoje. Para eles, teríamos que sofrer para pagar nossos erros do passado e a felicidade só seria possível em outra encarnação, assim como para muitos católicos a felicidade é somente para a vida depois da morte. Enfim, aquele que pensa dessa forma nunca vai conseguir mudar o seu DNA ou se curar de qualquer enfermidade. Ele se programou para sofrer. Ele acredita que somente através do sofrimento é que poderá "evoluir", outro chavão do espiritismo. Assim, quando se sente feliz, bate o sentimento de culpa. Ele não pode ser feliz senão deixa de "evoluir". E se ele acredita que somente sofrendo é que vai "evoluir" é assim que vai acontecer na vida dele. Como um masoquista, vai viver com dores pelo corpo achando que está pagando seus carmas e que está "evoluindo". A coisa mais comum de encontrar é espiritista se lamentando e sofrendo. Mas, se essa é sua crença, ninguém será capaz de mudá-la, apenas você. Mas tenha certeza que sua mente é muito mais poderosa do que imagina e ela pode, inclusive, afastar os obsessores sem precisar ir ao centro espírita. Mudando o padrão de seus pensamentos e sentimentos, rompe-se a afinidade com o obsessor e acaba a obsessão. Como disse certa vez um preto-velho: "o obsessor é um amigo de fé, um irmão camarada." Ou seja, a vítima e o obsessor possuem as mesmas preferências, desejos, gostos e sentimentos. Enfim, mude sua atitude diante da vida e todo o resto mudará como num passe de mágica, pois, como dizia Buda: somos o que pensamos.

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