Hoje, 25 de janeiro, na livraria sideral, em São Carlos, será lançado
nacionalmente o livro "saúde e espiritualidade: reflexões sobre
tratamentos vibracionais e medianímicos", 28º livro de Adilson Marques,
educador e escritor paulistano, residente em São Carlos/SP desde 1998, e também o sexto e penúltimo livro da coleção Cultura de Paz e Mediunidade, editada pela RiMa Editora.
O
autor entrevistou vários prováveis espíritos através de diferentes
médiuns residentes em São Carlos, entre os anos de 2001 e 2011. Abaixo,
segue parte do capítulo 6 do livro, que aborda o Atendimento
Espiritual de Saúde (AES), um trabalho terapêutico mediúnico realizado no
Centro de Animagogia e Práticas Bionergéticas Rosa de Nazaré.
O livro
já tem previsão de lançamento em outras cidades: no dia 05 de fevereiro
em Natal/RN, no centro espírita lar da vovozinha; no dia 09 de
fevereiro em João Pessoa, na UFPB, e no dia 10 de março na cidade de
Campo Grande/MS.
Capítulo 6
O Atendimento espiritual de saúde
Pergunta
73 - No Atendimento Espiritual de Saúde (AES) temos sempre um médium
incorporando uma entidade, qual a necessidade desse fenômeno?
Resposta
- Não há necessidade de haver incorporação nesse tipo de trabalho e, na
verdade, em nenhum outro. O que existe é uma necessidade dos seres
humanos em ver manifestações mediúnicas que os façam acreditar que o
trabalho está sendo realizado.
Comentário – Como afirma o
Espírito comunicante, as diferentes técnicas são formas diferentes para
se atingir o mesmo objetivo. No caso, a essência do REIKI e do AES é a
mesma. Mas, as pessoas que precisam ver para crer, vão ficar mais
confiantes que foram “curadas” vendo um obsessor se manifestando através
de um médium ou vão acreditar nas orientações quando elas forem
transmitidas por um Espírito. Enfim, para cada necessidade, um remédio
diferente.
Pergunta 74 - Esse procedimento traz alguma vantagem
em relação ao REIKI, uma vez que, segundo os próprios Espíritos, também é
a espiritualidade que realiza os atendimentos através da energia doada
pelos atendentes?
Resposta - Não. Não é porque o médium não está
incorporado que não está fazendo o trabalho. No REIKI o atendente doa a
sua energia e o paciente não vê o que está sendo feito, mas o trabalho é
realizado do mesmo modo porque o reikiano não está sozinho. O que muda é
a perspectiva do consulente que pode acreditar mais no tratamento por
estar sendo atendido por um médium incorporado. Muitos acreditam que o
atendimento é mais poderoso e surte mais efeito. E surte mesmo porque o
paciente se torna mais receptivo. Este trabalho precisa ser feito com a
incorporação porque muitos ainda precisam ver para crer.
Comentário
– A incorporação nos atendimentos é algo muito criticado no movimento
espiritista. O argumento é que Espíritos mistificadores podem se
aproveitar da invigilância dos médiuns. Porém, incorporados ou não, os
Espíritos estarão sempre presentes. Se a equipe é formada por
trabalhadores sensatos, equilibrados e com sentimentos crísticos, serão
amparados pelos “Espíritos superiores”, caso contrário, serão
instrumentos dos chamados “inferiores”. Assim, mais importante que ser
um atendimento com ou sem incorporação, é a adequada preparação da
equipe encarnada que importa, pois na física transcendental os iguais se
atraem.
Pergunta 75 - No caso do Atendimento Espiritual de
Saúde a distância, notamos que o corpo do médium vibra como se estivesse
incorporado. Se isso acontece, quem incorpora naquele momento, é o
Espírito do paciente?
Resposta – O que vibra é sempre a energia,
nesse caso, é a energia do paciente que é colocada em contato com a do
médium, como acontece nos atendimentos de Apometria, mas não há
incorporação do Espírito do paciente no médium.
Pergunta 75a – E
como se dá esse processo? O paciente precisaria estar dormindo ou é
possível essa ligação acontecer em estado de vigília?
Resposta -
Quando o paciente está dormindo é possível levá-lo ao plano espiritual
para receber as orientações que precisa. Mas, no atendimento, o que o
médium sente é a energia do paciente, embora seja um movimento intenso e
possa até acessar o pensamento e sentimento dele, não acontece uma
incorporação.
Comentário – No caso, o procedimento é similar ao
que é chamado de “corrente anímica” em alguns trabalhos mediúnicos. E o
processo é tão intenso que temos a impressão que a pessoa atendida
estaria incorporada. No livro Gênero e Espiritualidade, terceiro desta
mesma coleção, o último relato é similar aos fatos que observamos nos
atendimentos. Nele, uma determinada mulher descreve o fato de ter
acessado a memória da mãe e perdido o controle do seu próprio corpo. Ela
descreve o fenômeno como uma forma de limpeza da energia negativa que a
mãe possuía para desencarnar em melhor estado e não precisar drenas
tais toxidades no “umbral”. A diferença entre o processo vivido por esta
mulher e o que acontece no AES é que o dela prejudicou por algum tempo
sua vida cotidiana, precisando, inclusive, ser internada em um hospital
psiquiátrico. NO AES, após o término do atendimento, o médium volta do
transe normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Pergunta 76 -
nos atendimentos a distância, alguns nomes a espiritualidade sugere que
seja feita apenas uma vibração para a pessoa e não o atendimento
espiritual, qual a diferença?
Resposta - Merecimento e
necessidade. Muitas vezes são colocados nomes de pessoas que não estão
precisando de Atendimento Espiritual, mas apenas de uma vibração para
auxiliar o seu processo de crescimento. As pessoas acreditam que os
atendimentos espirituais são milagrosos e que terão as suas vidas
modificadas num passe de mágica e não é assim que acontece. A vibração
positiva é também um bálsamo maravilhoso e capaz de dar força para a
pessoa continuar a sua caminhada, para enfrentar o que é preciso.
É
preciso não se esquecer que muitos problemas são criados, mantidos ou
aumentados pelos próprios consulentes. Assim, o Atendimento Espiritual
deve ser priorizado para as pessoas que estão sofrendo obsessões, mas
possuem o merecimento para receber a ajuda.
A vibração sempre será
um apoio fundamental para todos e pode sempre ser o ponto de partida
para sair de uma situação de sofrimento, se o consulente realmente
refletir e fizer sua mudança interior.
E não se deve esquecer que
nada acontece sem a permissão divina. Assim, se quem estiver na direção
do trabalho falar que a pessoa precisa apenas de uma vibração é porque
aquela não é a hora de fazer o Atendimento Espiritual de Saúde.
Comentário
– a vibração é uma prece que movimenta muita energia positiva. E como
afirmava Gandhi, o amor de um é capaz de neutralizar o ódio de milhões,
devido a força superior da vibração amorosa. Porém, muitas vezes, a
pessoa que coloca o nome de um familiar no atendimento a distância fica
melindrada quando ouve que para aquela pessoa deve se fazer apenas uma
vibração. Mas é importante ter sempre em mente que cada um sempre recebe
o que necessita e merece.
Pergunta 77 - ainda no caso do
atendimento a distancia, a eficácia é a mesma de um atendimento
presencial? Por exemplo, Ramatís, em um de seus livros, afirma que nem
sempre os espiritos socorristas conseguem entrar na casa do enfermo
devido ao excesso de energia negativa. Se a casa do enfermo está assim,
como ele recebe a ajuda?
Resposta – Sempre afirmamos que o
enfermo recebe ajuda de acordo com o seu merecimento. Se ele já está em
um processo de mudança interior que o torne merecedor, receberá a ajuda
mesmo com toda a energia negativa do entorno. Aliás, nesses casos, é que
se percebe a necessidade de um trabalho efetivo, envolvendo muita
energia para a limpeza. Por exemplo, muitas vezes é solicitado auxilio
para pessoas que precisam ser atendidas por uma grande equipe
espiritual. Uma parte da equipe vai até a casa para perceber as
energias, fazer o diagnóstico e informar o que é necessário. Tendo
permissão, se inicia o atendimento e se há necessidade, outra equipe é
solicitada para continuar a limpeza, recolher obsessores etc. Deus não
abandona nenhum de seus filhos, por isso todas as casas contam com
proteção. Ninguém está desamparado ou solto no mundo.
Comentário
– Somos sempre os reais artífices de nosso destino. Plantamos e
colhemos exatamente o que semeamos. Pelas leis cósmicas, o algoz de
ontem se torna a vítima de hoje e aqueles que nutrem o mesmo padrão de
pensamento e sentimento se atraem. Porém, mais cedo ou mais tarde, o
amor vencerá o egoísmo. E como ensina Jesus, “bata e a porta se abrirá”.
Aquele que, cansado com suas colheitas egoícas, resolve mudar, torna-se
merecedor de ajuda, por mais que seja ampla a limpeza a ser realizada.
Mas por isso é importante a pessoa pedir a ajuda ou pelo menos
reconhecer que está precisando.
Pergunta 78 - temos notado que
muitos problemas de saúde são causados pela obsessão espiritual e que
durante o atendimento espiritual de saúde são realizados atendimentos a
esses espíritos, algo que não acontece no REIKI. Esse fenômeno não pode
assustar o paciente? ou é importante que ele saiba quais são as
companhias espirituais que ele atrai?
Resposta - Pode assustar
sim, mas isso é a verdade, não é? Fingir que a obsessão não existe seria
fazer do atendimento um teatro, escondendo o que precisa ser visto e
compreendido pelo consulente. É fundamental para o consulente
compreender que o obsessor está com ele por algum motivo. Geralmente,
ambos vibram numa cadência muito baixa, mantém hábitos e pensamentos
ruins, são egoístas e precisam mudar. Os iguais se atraem. Por isso, é
importante esclarecer essa questão para o consulente, convidá-lo para
participar de um grupo de estudo, entregar a ele um folheto que o
esclareça sobre os mecanismos da obsessão para que ele não se veja como
uma vítima inocente.
Nos trabalhos de REIKI, quando há necessidade,
os obsessores também são recolhidos e encaminhados pela espiritualidade,
mesmo não necessitando de incorporação e sem que o consulente perceba
alguma coisa. E, muitas vezes, é o obsessor que tem merecimento para ser
atendido, para ser desligado daquele que o atraiu e, se não mudar de
postura, vai atrair outros para o seu lado, como acontece, por exemplo,
com os alcoólatras.
No Atendimento Espiritual de Saúde se faz
necessária a manifestação dos Espíritos na frente do consulente porque é
essa a característica do trabalho. Mas, em alguns casos, a pessoa
entra, recebe um atendimento e permanece com o obsessor porque ainda não
era a hora de tirá-lo de seu caminho. Por alguma razão, ele ainda é
necessário na vida daquele consulente.
A doutrinação dos Espíritos
acontece também na Apometria e no REIKI, mas no Atendimento Espiritual
de Saúde é importante a incorporação do obsessor para que ele possa
manifestar os motivos pelos quais está perseguindo o consulente. Este
diálogo, nem sempre muito amistoso, serve para o consulente pensar e
entender porque deve mudar sua forma de encarar a vida.
Comentário
– Ninguém é vítima de obsessão espiritual por acaso. Um dos
ensinamentos básicos da doutrina espírita é que o poder dos chamados
“espíritos superiores” é irresistível. Ou seja, o chamado “espírito
inferior” só consegue fazer aquilo que tiver permissão. Assim, quando
ele se torna um obsessor, é porque sua vítima merece. Quando ela mudar
sua forma de pensar ou de sentir o mundo, fazendo por merecer a ajuda,
ela virá. Mas é importante salientar que muitas vezes o obsessor é o
encarnado e não o Espírito. Este apenas foi atraído pela energia
enfermiça do primeiro. São os casos de indução espiritual, na
nomenclatura da Apometria.
79 - notamos que a equipe médica usa
álcool e algodão nos atendimentos e, em alguns casos, cristais. Qual a
importância desses elementos materiais no socorro aos encarnados?
Resposta
- O álcool é importante para desinfetar e ajuda a retirar energias mais
densas que estão no perispírito do paciente. O cristal e os elementos
da natureza podem ser utilizados para conduzir a energia de uma maneira
mais eficiente, potencializando a energia utilizada no atendimento.
Os
cristais, assim como as plantas, a água e o fogo são elementos advindos
da natureza e que possuem energias fundamentais para os socorros.
Aliás, está faltando deixar um vaso com plantas e flores nos trabalhos
de vocês.
Comentário – As emanações fluídicas dos elementos da
natureza são frequentemente utilizadas pela espiritualidade. Se o
ambiente onde o trabalho acontece não tem, por razões doutrinárias ou
outras, os Espíritos vão buscar em outros lugares. Mas o uso dessas
energias acontece com frequencia. Certa vez, em um centro espírita de
São Carlos, seus proprietários cortaram as plantas de um pequeno jardim
que havia no fundo da casa e, mesmo sendo um centro que não aceitava a
manifestação de pretos-velhos, em um dos trabalhos mediúnicos um se
manifestou, pediu desculpas por estar ali e disse que só precisava
passar um recado. O preto-velho pediu apenas para refazerem o jardim,
pois as plantas que lá estavam eram usadas nos diferentes atendimentos
que aconteciam no centro. Para alguns pode parecer “mistificação” o uso
de elementos naturais como cristais, água, fogo e até mesmo o álcool em
curas espirituais. Quando isso acontece, para não criar conflitos, os
espíritos socorristas buscam as emanações fluídicas destes elementos em
outros lugares.
Eu particularmente, durante muito tempo, não gostava
de poder meu jardim. Hoje, os restos das podas são armazenados em um
cantinho e, através de orações, ofereço as emanações fluídicas das
plantas para serem utilizadas no socorro de quem precisa.
Pergunta
80 - Temos notado nas sessões de atendimento que além dos médicos e dos
espiritos que são socorridos (doutrinados), frequentemente a equipe de
médiuns incorpora exus e até crianças que ficam andando debaixo das
macas. Seria possível nos explicar o trabalho que estes espíritos fazem
durante o atendimento espiritual de saúde?
Resposta - Fazem um
trabalho de limpeza importante. Nesses locais, a troca de energia é
muito intensa, e toda essa negatividade precisa ser levada. Essas
equipes trabalham recolhendo as energias mais densas (os Exus) e
revitalizando o lugar com energias de alegria e amor (as crianças). O
trabalho é complexo e por isso envolve uma grande equipe de
trabalhadores espirituais.
Comentário – No meio espiritista, de
forma geral, acredita-se que espíritos que se manifestam como crianças
são mistificadores e os exus são confundidos com obsessores. Em outros
trabalhos mediúnicos, estas posturas são simbólicas e estão relacionadas
ao tipo de trabalho e a energia que movimentam. No caso, os exus, que
não são espíritos maus ou obsessores, apenas trabalham nas limpezas
energéticas mais profundas. Mesmo em trabalhos onde não há manifestação
mediúnica, eles estão presentes. Porém, no Atendimento Espiritual de
Saúde, eles se manifestam com mais freqüência, recolhendo as energias
negativas e muitas vezes levando os obsessores mais renitentes. E, no
caso das crianças, a alegria e a descontração que manifestam, renovam a
energia do lugar, trazendo mais felicidade e amor a todos.
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